sábado, 14 de novembro de 2009

A Queda... - Ícaro 3

Há muitas representações desta mitologia. Hoje escolhi esta de Carlo Saraceni e com um poema de Miguel Torga.
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Carlo Saraceni, A Queda de Ícaro, antes 1608

Museo di Capodimonte, Napoli

Ícaro
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O sol dos sonhos derreteu-lhe as asas.
E caiu lá do céu onde voava
Ao rés-do-chão da vida.
A um mar sem ondas onde navegava
A paz rasteira nunca desmentida...
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Mas ainda dorida
No seio sedativo da planura,
A alma já lhe pede impenitente,
A graça urgente
De uma nova aventura
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( 7 de Junho de 1977)
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Miguel Torga, Diário XII , Coimbra, sd, p.200 (2ª edição e custou 120$00)

8 comentários:

  1. APS,
    Amanhã coloco o poema de
    William Carlos Williams: "Landscape with the Fall of Icarus". Já o li é lindo.
    Estava a agendar esta queda de Ícaro para depois de amanhã e sem querer publiquei... azelhices.
    Ana

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  2. Jad,
    Achei graça a tantos !!!
    Veja no site
    http://www.poets.org/viewmedia.php/prmMID/15828

    Bom sábado.
    Ana

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  3. Aqui não será também "Dédalo ao lado de Ícaro"! O homem voa... sempre voou... não se pode é voar mais alto que os outros... aparecem os inimigos e caímos por terra... vencidos

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  4. E eu estou "um vencido da vida" roubando o título a outros!

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  5. Creio que é a serena lucidez da idade das gerações mais conscientes
    que "obriga" a esta conclusão humaníssima.

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  6. APS,
    O que são "as gerações mais conscientes"?
    Ana

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  7. Para me servir das sábias palavras
    de um poeta castelhano:"La inmensa
    minoria".

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