Uma pomba catando
outra numa janela do sétimo
andar do hospital. Nada
as perturba. Nem o ruído
das escavadoras no túnel
em construção. Uma pomba
catando a outra num gesto
de ternura. Os olhos são
a única impureza no meio
de tanta brancura.
Jorge Sousa Braga, Porto de Abrigo, in Poemário, Lisboa: Assírio & Alvim, 2009
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