É sempre bom, quando se pode, ver o rosto!
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Georg Philipp Harsdörffer 1607 nasceu em Nuremberga e faleceu em 1658.
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A VIDA HUMANA
I FOLHAGEM verde, seca num momento,
ARAGEM leve, corrida de vento.
II NEVÃO que no ar se desfaz,
PEGÃO em que nunca há paz.
III FLOR que abre para logo morrer,
FULGOR que dura o tempo de ver.
IV RELVADO que qualquer pé amassa,
VIDRADO que facilmente estilhaça.
V BRUMA que à vista se some,
ESPUMA que a maré consome.
VI FENO que é de pouca dura.
JOIO de que o vento não cura.
VII COMPRA que ao fim lamentamos.
CORRIDA em que nos cansamos.
VIII TORRENTE que voa fugaz.
BOLHA que logo se desfaz.
IX SOMBRA que nos faz morrer.
ALFOMBRA para a cova fazer.
Georg Philipe Harsdörffer, in O Cardo e a Rosa, Poesia do Barroco Alemão, (Selecção, trad. e pref. de João Barrento) Lisboa: Assírio& Alvim, 2002, p. 107
I FOLHAGEM verde, seca num momento,
ARAGEM leve, corrida de vento.
II NEVÃO que no ar se desfaz,
PEGÃO em que nunca há paz.
III FLOR que abre para logo morrer,
FULGOR que dura o tempo de ver.
IV RELVADO que qualquer pé amassa,
VIDRADO que facilmente estilhaça.
V BRUMA que à vista se some,
ESPUMA que a maré consome.
VI FENO que é de pouca dura.
JOIO de que o vento não cura.
VII COMPRA que ao fim lamentamos.
CORRIDA em que nos cansamos.
VIII TORRENTE que voa fugaz.
BOLHA que logo se desfaz.
IX SOMBRA que nos faz morrer.
ALFOMBRA para a cova fazer.
Georg Philipe Harsdörffer, in O Cardo e a Rosa, Poesia do Barroco Alemão, (Selecção, trad. e pref. de João Barrento) Lisboa: Assírio& Alvim, 2002, p. 107
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