terça-feira, 15 de dezembro de 2009

[Nariz, nariz, e nariz...]


P. Charters d'Azevedo - Nariz, nariz e nariz
Acrílico sobre tela, 2004

Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, que nunca se acaba;
Nariz, que se ele desaba,
Fará o mundo infeliz;
Nariz, que Newton não quis
Descrever-lhe a diagonal;
Nariz de massa infernal,
Que, se o cálculo não erra,
Posto entre o Sol e a Terra,
Faria eclipse total!

Bocage

Post despoletado por APS, depois de uma conversa sobre «narizes literários».
Jad, esta é a tal poesia de que eu não me lembrava e que o meu pai costumava dizer quando eu era miúda, mas hoje saiu de uma rajada e depois vi que é de Bocage.

4 comentários:

  1. E não tem a ver com o Cyrano de Bergerac?

    ResponderEliminar
  2. Aqui vai mais...De Tomás de Noronha
    (Fénix Renascida,vol.V:

    "...És tão grande,nariz,que há opiniões,/
    E prova-o com razões
    Certo moderno,
    Que em comprimento és,nariz,eterno,
    Porque ainda que princípio te soubemos/
    Notícia de teu fim nunca tivemos.
    .."


    Com os melhores votos.

    ResponderEliminar
  3. Miss Tolstoi,
    Talvez, ele senhor de um grande nariz.
    Vou ver se encontro a poesia nas obras do Bocage. Porque vi a referência na net.

    APS,
    Não conhecia. Obrigada.

    ResponderEliminar
  4. Não me esqueci, mas ainda não tive tempo.

    ResponderEliminar