sábado, 21 de fevereiro de 2009
Bob Marley: Get up, stand up!
Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley nasceu em Saint Ann,a 6 de Fevereiro de 1945 — Miami, e faleceu a 11 de Maio de 1981. Bob cantor, guitarrista e compositor jamaicano, foi o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos.
Sobre o Café, o tabaco e o álcool, Honoré de Balzac!
O novo Tintin
Já se sabe também que o primeiro álbum a ser adaptado é O Segredo do Licorne, aliás um dos meus preferidos, e que do elenco do primeiro filme constará também Daniel Craig.
Lá fora - 18 : Toulon
Crónicas Sul-Americanas : 3 - Viña del Mar
Rudolf Schlichter, pintor do fantástico!
Rudolf Schlichter nasceu em Calw, em 1890 (Alemanha). Foi considerado um dos maiores representantes da “Neue Sachlichkeit” (Nova Objectividade). Combateu na I Guerra Mundial. No fim da guerra, em 1919, mudou-se para Berlim e juntou-se ao Partido Comunista Alemão. Integrou o movimento dadaísta em 1920 e ilustrou alguns periódicos. Em 1925 participou no "Neue Sachlichkeit" no Mannheim Kunsthalle. Quando Hitler tomou o poder as suas actividades foram alvo de perseguições e, em 1939, as autoridades Nazis baniram-no não podendo expor os seus trabalhos.
O seu estúdio foi destruído pelo bombardeamento em 1942. No fim da guerra os seus trabalhos enquadravam-se no movimento surrealista. Morreu em Munique em 1955.
Rudolf Schlichter pintou o “Poder Cego” no apogeu do Nacional-Socialismo na Alemanha. O quadro está intelectualmente associado a uma história do escritor Ernst Jünger, de quem o pintor foi protegido até à sua morte. “Sobre as Falésias de Mármore” é muitas vezes visto como contendo alusões enigmáticas e uma premonição profética dos horrores do Terceiro Reich. O “Poder Cego” é uma alegoria da destruição. O conflito militar é personificado por Marte, deus da guerra, que apesar da sua poderosa estatura aparenta estar indefeso devido à sua viseira caída, por outras palavras, “cego”. O campo de visão é restrito, está protegido das distracções e do pensamento: pode cumprir a sua missão destruidora sem escrúpulos. O aspecto fantástico reside no paradoxo da insígnia brilhante do guerreiro, que parece não estar de acordo com os gestos marciais no seu todo: o desenho sublinha um cientista ou um artista, mais do que um destruidor. Matar tornou-se cada vez mais uma ocupação científica, o controlo remoto das máquinas.
Carnaval no Prosimetron - 6 : República Dominicana
O Carnaval dominicano não é tão famoso como o brasileiro, mas é provavelmente o mais antigo das Américas, sendo festejado desde o século XVI. Actualmente, decorre durante todo o mês de Fevereiro com paradas, festas e competições, culminando no dia 27, dia da Independência. Se era já um grande acontecimento, tornou-se definitivamente o maior a partir de 1844, ano do nascimento da República Dominicana, dado o facto deste ter ocorrido num dia 27 de Fevereiro, passando o Carnaval a englobar também os festejos do Dia da Independência.
Eduardo Viana
K4, quadrado azul
Óleo sobre tela, 1916
Lisboa, FCGulbenkian-CAM
A revolta das bonecas
Óleo sobre tela, 1916
Lisboa, Museu do Chiado
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Paris pela mão de Gaultier
“Há 17 anos que tenho uma casa na minha zona favorita de Paris – perto de Pigalle, no 9º bairro. Agora à medida que as pessoas descobrem as suas pérolas arquitectónicas e a sua cultura, tornou-se tão popular que até ganhou um diminutivo próprio – SoPi, derivado de Sul de Pigalle.
(…) Mas há também uma atmosfera muito animada, e estão a abrir hotéis muito interessantes. Podemos ficar no Amour – nome muito apropriado mas engraçado, um pouco como o Costes.
(…) Menos dispendioso é o Arvor Saint Georges… O proprietário aprecia o estilo anos 60 e os quartos são principalmente brancos com rasgos de cor.
(…) A padaria Rose, anglo-francesa, onde vou muitas vezes tem bolos fantásticos, tal como a famosa e antiga pastelaria Les Petits Mitrons, na Rue Lepic. Poucas pessoas se apercebem de que esta zona foi tão famosa para os artistas como o foi a Margem Esquerda, mas muitos anos antes. (…) Ainda hoje podemos sentir essa atmosfera quando caminhamos por ruas como a Rue de Notre Dame de Lorette, onde Delacroix, em tempos, teve um estúdio e onde Gauguin nasceu. A Rue de la Tour des Dames e a Place Saint Georges são lugares fantásticos para deambular. A Fundação Dosne-Thiers, uma biblioteca e museu de artefactos napoleónicos, é uma bela mansão com salas enormes, algo delapidadas mas ainda elegantes. O meu museu preferido é o Musée de l’Erotisme, que esperaríamos encontrar em Pigalle: é inspirador e divertido e alguns dos objectos são tão invulgares que se tornam hilariantes. Depois temos também o Musée de la Vie Romantique, que tem menos a ver com romance e mais com o Romantismo e os artistas do movimento romântico local. Também há o encantador Musée Gustave-Moreau, na casa onde este viveu. E adoro também o pouco conhecido museu de cera Grévin. As figuras de cera propriamente ditas são horríveis – na minha, pareço Picasso, mas sem o génio – mas a Sala dos Espelhos, criada nos anos 20, dá-nos uma experiência autenticamente art deco de selva de feira popular com luzes e cores que mudam, animais e aranhas que surgem de repente, e sons da selva. Quando estiver com fome, dirija-se à Casa Olympe, um pequeno restaurante com alguns dos melhores pratos caseiros franceses country-style.
(…) Se adora art nouveau, Mollard é uma brasserie com fabulosas peças de cerâmica originais de Edouard Niermans. Também gosto da famosa brasserie Vaudeville, perto da Bolsa, com decoração e atmosfera dos anos 20. É agradável caminhar na espaçosa Avenue Trudaine e há um óptimo mercado na Rue dês Martyrs, onde se misturam excelentes produtos naturais com bancas de antiguidades e de livros em segunda mão. No coração de Pigalle, Montmartre é outra área onde adoro passear. É o ponto mais alto de Paris e tem vistas fabulosas, semelhantes apenas às que se contemplam do terraço do meu quartel-general na Rue Saint Martin, que fica diante do Sacré Coeur. Continua a haver lixo turístico e falsos artistas, mas alguns jovens pintores e designers muito interessantes têm-se instalado nas ruelas em torno da Place du Tertre. Aqui poderá encontrar excelentes lojas vintage como Chez Mamie e pequenas brasseries, elegantes mais tradicionais como Les Deux Moulins, que pudemos ver no filme Amélie.
(…) Mas o Divan du Monde é um pequeno auditório que apresenta boas sessões de jazz aos domingos. Depois temos os clubes. O meu favorito é o Lily la Tigresse, um clube de strip clássico do SoPi. Mas se quiser ver mesmo de onde deriva a minha inspiração, visite o grande mercado no Boulevard Rochechouart, perto dos armazéns Tati. É uma colorida colisão de culturas e ambientes, mais ou menos como combinar rendas finas e tecidos baratos. Esta é a minha Paris…".
Carnaval no Prosimetron 5 - Mardi Gras
Máscara e contas com as cores do "Mardi Gras" de New Orleans
Em Sydney (Austrália), o "Mardi Gras" foi celebrado pela primeira vez em 1978, sendo o seu nome completo "Sydney Gay & Lesbian Mardi Gras", configurando simultaneamente uma parada de "gay pride". Cerca de um milhão de pessoas assiste à parada, considerada pela revista Condé Nast uma das melhores dez paradas de máscaras do mundo.
Festa de "Mardi Gras" pós-parada em Sydney
Naturalmente, ambos os eventos servem de plataforma política, tendo New Orleans sido palco de críticas à actuação governamental pós-Katrina, e Sydney um manifesto a favor dos direitos das minorias.PENSAMENTO DO DIA
Crónicas Sul-Americanas : 2 - Passeando pelo Chile
Segundo nos explicaram, as razões para esta abundância vinícola prendem-se com as condições geológicas e geográficas ( tendo o Chile, protegido pelo Oceano Pacífico de um lado e pelo Deserto de Atacama do outro, escapado à terrível filoxera, e depois desta vendido vinhedos para todo o mundo) .
Naturalmente, vimos várias vinhas da Concha y Toro, a maior empresa vinícola do país, que juntamente com o Barão Philippe de Rotschild, produz o melhor vinho chileno, Almaviva, que é também considerado um dos cinco melhores vinhos do mundo.
Infelizmente, não provei o Almaviva,que tem um preço proibitivo, mas recomendo vivamente os vinhos chilenos.
Gatos e Políticos
“Desde criança que odiava gatos, talvez por os achar demasiado livres e soberanos. Soberania só reconhecia a sua.Dos seres humanos como dos animais exigia obediência cega, fidelidade extrema e um infinito espírito de sacrifício".
José Jorge Letria, Amados gatos, Lisboa: Oficina do Livro, 2006, p. 161
Cardeal Armand Jean Du Plessis de Richelieu (1585 - 1642)
O gato de Vladimir Ilitch
"Indiferente a tudo e a todos, mas principalmente ao peso quase litúrgico do ritual, o gato continuava a ronronar, demonstrando que a política não tinha para ele o menor interesse. Conhecia dos homens o suficiente para não gostar dela".
José Jorge Letria, Amados gatos, Lisboa: Oficina do Livro, 2006, p. 45
Primeiro Manifesto do Futurismo
Marinetti apresentou o Manifesto do Futurismo em Milão, no dia 19 de Fevereiro de 1909, sendo nesse dia publicado no jornal parisiense Le Figaro, que saía com data do dia seguinte. Em Portugal, saiu no Diário dos Açores, de Ponta Delgada, em 5 de Agosto do mesmo ano (segundo informação de Pedro da Sileira em O que soubemos logo em 1909 do Futurismo).
«as nossas primeiras vontades:
«1. Queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
«2. Os elementos essenciais da nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.
«3. Como a literatura até hoje enalteceu a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de ginástica, o salto perigoso, a bofetada e o murro.
«4. Declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corridas, com a sua caixa ornamentada por tubagens que parecem grossas serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, com ar de correr sobre metralha, é mais belo do que a Vitória de Samotrácia.
«5. Queremos cantar o homem que agarra no volante com um eixo ideal que atravessa a Terra, ela própria lançada no circuito da sua órbita.
«6. O poeta tem de se multiplicar com calor, centelha e prodigalidade, para aumentar o fervor entusiasta dos elementos primordiais.
«7. Só na luta ainda há beleza. Não existe obra-prima sem um carácter agressivo. A poesia deve ser uma ssalto violento contra as forças desconhecidas, para as intimar a deitar-se perante o homem.
«8. Estamos no promontório extremo dos séculos!... Para que serve olhar para trás de nós, desde que tenhamos de forçar os batentes misteriosos do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já vivemos no absoluto, uma vez que já criámos a eterna e omnipresente velocidade.
«9. Queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos anarquistas, as belas Ideias que matam, o desprezo pela Mulher.
«10. Queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo e todas as cobardias oportunistas e utilitárias.
«11. Vamos cantar as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer e pela revolta; as ressacas multicolores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; a vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros sob as suas violentas luas eléctricas; as estações gulosas, engolidoras de serpentes que fumegam; as oficinas penduradas nas nuvens pelos cordéis dos seus fumos; as pontes com saltos de ginasta lançadas sobre a cutilaria diabólica dos rios soalheiros; oa paquetes aventureiros que farejam o horizonte; as locomotivas de grande peitoril que campeiam nos carris como enormes cavalos de aço com longos tibos a afzer de rédeas, e o deslizante voo dos aeroplanos cujo hélice dá estalos de bandeira e tem aplausos de multidão entusiasta.» (Primeiro Manifesto do Futurismo)
In: F.T. Marinetti - O Futurismo. Lisboa: Hiena, 1995
Este centenário vai ser celebrado em Milão:
Ver em: http://www.stelline.it/01_calendario_evento.asp?IDAttivita=49
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Sombra(s) : uma exposição a ver... em Madrid
Joseph Wright of Derby (1734-1797)
A donzela coríntia (1782-1784)
Óleo sobre tela
Washington, National Gallery of Art.
Assim começa a exposição La Sombra, patente no Museu Thyssen-Bornemisza (Madrid, Espanha), até 17 de Maio de 2009. Tendo como fio condutor a sombra na pintura, a exposição patenteia quadros relevantes do Renascimento, Barroco, Romantismo, Simbolismo e Impressionismo.
A sombra como resultado da interposição de um corpo sólido e opaco entre uma fonte de luz e a superficie de projecção.
A mostra continua na Fundación Caja Madrid com os Realismos modermos, o Surrealismo e a Arte Pop, não esquecendo a fotografia e o cinema.
Jan van Eyck (c. 1390-1441)
Díptico de la Anunciación, c. 1433-1435
Óleo sobre tabla. 38,8 x 23,2 cm (tabla izquierda); 39 x 24 cm (tabla derecha)
Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid
Peças com estilo
Fazedores de sonhos
Crónicas Sul-Americanas : 1 - Santiago do Chile
Em guisa de intróito, e antes de passar às impressões de viagem propriamente ditas, achei por bem relatar esta peripécia ocorrida comigo ainda no Aeroporto da Portela: Já na fila do check-in fui surpreendido por uma terrível constatação- tinha-me esquecido em casa do indispensável passaporte! Podem imaginar a aflição, ir até casa, desligar alarme e fechaduras, procurar o dito e voltar novamente para o aeroporto, tudo isto agravado por um entorse que tinha sofrido dois dias antes.
Poesia e Livros: Manuel António Pina.
Como Rossetti resgatando a dádiva de amor
verso a verso ao corrupto corpo
dee Elizabeth Eleanor, o escritor
é um ladrão de túmulos. E é um morto
dormindo um sonho alheio, o do livro,
que a si mesmo se sonha digerindo
sua carne e seu sangue e dirigindo
a sua mão e o seu livre arbítrio.
Quem construiu a sua casa? Quem semeou
a sua vida, quem a colherá?
Nem a sua morte lhe pertence, roubou-a
a outro e outro lha roubará.
Toma, come, leitor: este é o seu corpo,
a inabitada casa do livro,
também tu estás, como ele, morto,
e também não fazes sentido.
Manuel António Pina (1943), Os Livros in Poemário: Lisboa, Assírio & Alvim, 2009
Artistas e gatos 6. Jacopo Bassano!
"O Gato de Jacopo Bassano
Cristo, sempre atento aos vícios e outros excessos terrenos, surpreendeu uma noite o pintor Jacopo Bassano enquanto retocava a tela, e disse-lhe com uma voz cuja doçura não excluía o leve ferrete da reprovação:
- Apesar da minha bíblica humildade, devo dizer-te qe me incomoda o facto de, nos teus quadros, rivalizar com a minha presença divina a imagem do teu gato".
José Jorge Letria, Amados gatos, Lisboa: Oficina do Livro, 2006, p. 21
O livro dos amigos
A vida das formigas - 3
«Aliás, uma polícia previdente e bem organizada vigia as entradas e proximidades do ninho e não consente que todas as fêmeas partam definitivamente. A cidade não deve ficar privada de mais jovens e vazia de possibilidades de porvir. Agarrando-lhes as patas, o guarda do formigueiro retém à força aquelas que se encontram no tecto da colónia e que um fado misterioso assinalara, arrancando-lhes as asas e recondu-las para os subterrâneos onde ficarão prisioneiras até ao fim da vida.»
Maurice Maeterlinck – A vida das formigas. 4.ª ed. Lisboa: Clássica Ed., 1950, p. 47-48
Aqui termina esta rúbrica. Para mais, ler o livro.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Bem-vindos!
Abel Manta - Largo de Camões (Lisboa)
Óleo sobre tela, 1964
Lisboa, col. João Abel Manta
A Brasileira, quando era só casa de venda de café.
Di Cavalcanti: Pierrete!
Carnaval no Prosimetron 3/III baile de máscaras e rostos
O livro dos amigos
Poesia com Máscaras, Álvaro de Campos!
Álvaro de Campos, POESIAS, Editorial Nova Ática.