sábado, 25 de julho de 2009

Ravissante! Catherine Deneuve



Catherine Deneuve é uma actriz francesa.

Nascida a 22 de Outubro de 1943, em Paris, começou a actuar no cinema aos treze anos, em "Les Collégiennes". Participa em vários filmes até protagonizar "Les Parapluies de Cherbourg" (1964), um musical de Jacques Démy que a torna uma estrela. Seguem-se outros sucessos estrondosos: "Repulsa" (1965), de Roman Polanski, e "Belle de Jour" (1967), de Luis Buñuel, que lhe obteve uma nomeação de Melhor Actriz nos BAFTA. Em 1967, volta a colaborar com Jacques Demy no musical "Les Demoiselles de Rochefort", em que contracena com a irmã, Françoise Dorléac.

Atravessa o Atlântico para filmes desde 1969, continuando a dar preferência ao cinema europeu. Destacam-se "Tristana" (1970), novamente de Buñuel, "L'événement le plus important depuis que l'homme a marché sur la lune" (1973, com Marcello Mastrioanni), "Le Dernier métro", (1980, de François Truffaut e que lhe conquistou o César de Melhor Actriz), "The Hunger" de Tony Scott (1983, em que faz de vampira bisexual com David Bowie e Susan Sarandon) e, em 1986, "Speriamo che sia femmina", com Liv Ullman, Philippe Noiret e Stefania Sandrelli.

Já nos anos 90, "Indochina" (1992), que lhe obtém uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz e novo César. Destacam-se os seus filmes com André Téchiné: "Ma saison préférée" (1993) e "Les Voleurs" (1995)."Place Vendôme" (1998), conquista-lhe a Taça Volpi como Melhor Actriz no Festival Internacional de Veneza. Em 2000, entra em "Dancer in the Dark", do dinamarquês Lars von Trier, ao lado da cantora Björk. Dois anos depois, integra o super-elenco de "8 Mulheres", de François Ozon.

Ao longo da sua carreira já foi nomeada para dez Césares (ganhou dois), e para além da Taça Volpi de Veneza conquistou a Palma de Ouro de Cannes, o Urso de Prata de Berlim (conjunto, em "8 Mulheres") e o David di Donatello.

Como nota lúdica, em 2006 entrou num episódio da série norte-americana "Nip/Tuck", interpretando um personagem que queria uma cirurgia plástica para incluir as cinzas do amante nos peitos.

Em 2008, fez o seu 100º filme.

É ravissante porque se a palavra não existisse, teria sido inventada para descrever Catherine Deneuve.

Ravissante! Olympia Dukakis



Olympia Dukakis é uma actriz norte-americana.

Nascida a 20 de Junho de 1931, em Massachusetts, EUA, começou a sua carreira no teatro, em summer stock e peças de Shakespeare. Aos 30 anos, estreia-se na Broadway. Com o marido, funda a "The Whole Theatre Company", que co-gere entre 1073 e 1988. Os palcos vêem-na em "Mãe Coragem", de Bertolt Brecht, "Long Day's Journey Into Night" de Eugene O'Neill, "Camino Real", "The Rose Tattoo" e "Orpheus Descending", de Tennessee Williams, "As Três Irmãs" e "Tio Vanya", de Anton Chekhov, "A Casa de Bernarda Alba" de Federico García Lorca, entre muitos outros.

As suas passagens pelo cinema, que começaram em 1964, tendem a favorecer filmes menos comerciais. Em 1988, o seu papel como mãe do personagem de Cher em "O Feitiço da Lua" / "Moonstruck" obtém-lhe o Óscar de Melhor Actriz Secundária. Seguem-se-lhe presenças em "Steel Magnolias" e "Olha Quem Fala" (ambos de 1989).

Em 1993, a sua Anna Madrigal estreia-se no pequeno écran na mini-série "Tales of the City", baseada nos livros de Armistead Maupin. Entra nas duas sequelas, recebendo uma nomeação para os Emmy pela segunda das três séries (uma das suas três nomeações para os Emmy).

Conta ainda no seu palmarés com duas nomeações para os Globos de Ouro (conquistou um). Em 2009, produziu e actuou no filme "Montana Amazon", com Haley Joel Osment.

É ravissante pelo modo como revela suportar todo o peso do mundo, encarando o seu peso esmagador com um humor subversivo.

Ravissante! Dana Delany


Dana Delany é uma actriz norte-americana.

Nascida a 13 de Março de 1956 em Nova Iorque, começou a sua carreira em telenovelas; começou a actuar na Broadway e em 1983 foi reconhecida pela sua interpretação em "Blood Moon".

Nos anos seguintes, muda-se para Hollywood. Entra no memorável episódio "Knowing Her" de "Modelo e Detective" / "Moonlighting", como Jillian, uma antiga namorada de David Addison (Bruce Willis).

Seguem-se papéis menores na televisão e no cinema (destaque para o seu pequeno papel na pouco reconhecida comédia de Paul Mazursky "Moon over Parador", de 1988, ao lado de Richard Dreyfuss, Raul Julia, Sónia Braga e Marianne Sägebrecht).

Em 1988, a sua enfermeira Colleen McMurphy lidera os personagens da série "Praia da China" / "China Beach". Ao longo das quatro temporadas da série, foi nomeada para quatro Emmy (conquistou dois) e dois Globos de Ouro.

Com o final da série, entrou em vários filmes pouco memoráveis, que alternou com presenças no teatro, na Broadway e fora, e com actuações como actriz convidada em várias séries. Em meados da década de 2000, surge como estrela convidada em "The L Word" e "Battlestar Galactica".

Em 2007, integra o elenco de "Donas de Casa Desesperadas" / "Desperate Housewives", como Katherine Mayfair. Curiosamente, havia recusado o papel de Bree van de Kamp; este novo papel é um papel semelhante, tornando-se rival de Bree, e foi muito bem recebido.

É ravissante pelo leque de interpretações, entre o humano simples de Colleen McMurphy e a manipulação de Katherine Mayfair e Jillian Armstrong.

Contra o bacalhau!


Ofereceram-me este livro que já me aguçou o apetite. Atenção, adoro bacalhau mas achei este excerto uma delícia, até porque irei passar uma semana a saborear a cozinha inglesa...e já ouvi dizer muito mal!
Contra o bacalhau

Aludem a um inglês a seguinte cantiga, que eu creio piamente que é cantiga; porque os ingleses são uns apaixonadíssimos e defensores do bacalhau. Mas vai a tal cantata.

Quando tome o meu cerveje,
Quando come o meu petisca,
Não me lembra esse marisca
Que se come in Portugal,
E esse peixe sem cabeço
Que lá vem de Terre-nova,
É comer muito fatal.
Pois antes Rosbeeff,
Parmeson que tenha sal,
Come a genta e come muita
Come muita e não faz mal!

Almanaque de Luiz de Araújo para o ano de 1889, Lisboa, A. 18 (1888), pp 29-30.

Luís de Araújo, Viva a Independência da Barriga, selecção de textos e apresentação de Manuela Rêgo, Lisboa: Compendium, 1996, p. 54

Henri Fantin-Latour!

Hoje o dia começou na Gulbenkian.
O lago mesmo sem os nenúfares tranquiliza quem o observa!

A expectativa...

Henri Fantin-Latour, Auto-retrato, desenho

Fiquei um pouco decepcionada, não o achei muito criativo. O que gostei mais de ver foram os seus desenhos. Houve sim, uma tela ou outra que me prendeu o olhar mas não me encheram as medidas!

Ravissante! Lisa Edelstein


Lisa Edelstein é uma actriz norte-americana.

Nascida a 21 de Maio de 1966 em Boston, começou a sua carreira na "club scene" de Nova Iorque. Estudante de teatro, actua em várias produções na Broadway e fora da Broadway, escrevendo e actuando num musical sobre a SIDA, chamado "Positive Me", em Manhattan. Foi uma das primeiras produções teatrais a lidar com o tema da SIDA.

No início dos anos 90, começa a aparecer como actriz convidada em séries televisivas, como "Seinfeld" ou "Mad About You".

Em 1999, aparece em "The West Wing" como interesse romântico do personagem de Rob Lowe, que se descobre ser uma call girl de luxo; no ano seguinte, interpreta uma transexual homem-para-mulher em "Ally McBeal" que está emocionalmente envolvida com o personagem de James LeGros.

Em 2004, integra o elenco da série "House M.D.", produzida por Bryan Singer e com Hugh Laurie e Robert Sean Leonard. O seu papel como a Dra. Lisa Cuddy, directora do hospital, obteve-lhe fama mundial. Continua a integrar o elenco da série, agora a começar a sua sexta temporada.

É ravissante pela força interior que vence a timidez nos seus personagens.

E ninguém lhe dá 75 anos !

Betty Boop, de quem já se tem falado aqui no blogue, fez 75 anos na passada quinta-feira. Nasceu no dia 23 de Julho de 1934, criada por Bud Couniham, e depressa passou da banda desenhada ao cinema de animação. Couniham inspirou-se em Helen Kane, uma sensual cantora dos anos 30.

Como se esperava, mas talvez não pelas melhores razões...


Na sequência do que escrevi em Maio, há que dar conta dos acontecimentos de anteontem: A Islândia apresentou formalmente a sua candidatura à União Europeia, depois de na semana passada o Parlamento ter votado favoravelmente, embora por escassa maioria, o pedido de adesão. Não fora as vacas magras...

25 de Julho : São Cristóvão

- Bosch, São Cristóvão carregando o Menino, 1480-1490, Museu Boymans Van Beuningen, Roterdão, Países Baixos.

E 2009 parece ser um ano em que se justifica recorrer ao santo protector dos viajantes...

Ginjinhas de Lisboa - 4




Ginjinha Rubi, fundada em 24 de Janeiro de 1931,
na Rua Barros Queirós, 27.

Há outra Ginjinha Rubi, na Av. da Liberdade, 5.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Depois de jantar


Jules-Alexandre Grün - Fin de Soupe,
também conhecido como After Dinner ou The Dinner Party.
Óleo sobre tela, 1913
Neste quadro vê-se o pintor, sua mulher, Juliette Toutain-Grun,
e alguns dos seus amigos: Jules Cheret e Antoine Guillemet.

O que nos espera...


Georg Flegel – Grande banquete
Óleo sobre cobre, s.d.
Munique, Alte Pinakothek

Ravissante! Christine Baranski


Christine Baranski é uma actriz norte-americana.

Nascida a 2 de Maio de 1952 em Buffalo, Nova Iorque, começou a sua carreira no teatro em 1980. Em 1984, conquista o seu primeiro Tony como Melhor Actriz em "The Real Thing" de Tom Stoppard. Em 1989, repete a proeza com "Rumors".

Entre 1995 e 1998, actuou no pequeno écran ao lado de Cybill Shepherd na série "Cybill" - recebeu quatro nomeações para os Emmy e conquistou um dos prémios pelo seu desempenho.

No cinema, entrou em "Jeffrey" (1995), "The Birdcage" (1996, era a mãe biológica do noivo), "Cruel Intentions" (1999), a versão moderna de "As Ligações Perigosas" de Choderlos de Laclos, "Chicago" (2002, como Mary Sunshine) e "Mamma Mia!" (2008, como amiga de juventude de Meryl Streep e Julie Walters).

Em 2008, na sua primeira produção na Broadway desde 1991, esteve em palco com o revival premiado "Boeing Boeing", até Janeiro de 2009.

É ravissante pela pose aristocrática com um twist de inconformismo (e pelas maçãs do rosto).

Ravissante! Allison Janney


Allison Janney é uma actriz norte-americana.

Nascida a 19 de Novembro de 1959 em Dayton, Ohio (EUA), começou a actuar em pequenos papéis na televisão, especialmente em novelas ("soap operas
Estreando na Broadway em 1996 ao lado de Frank Langella com "Present Laughter", conquistou uma nomeação para os Tony em 1998 por "A View from the Bridge", de Arthur Miller.

A fama surgiu em 1999 na série televisiva "The West Wing", em que encarnou C. J. Cregg, a assessora de imprensa do Presidente dos EUA. Com esta interpretação, foi nomeada para seis Emmy (ganhou quatro vezes, duas como Melhor Actriz Secundária e duas como Melhor Actriz) e quatro Globos de Ouro.

No cinema, surgiu em papéis secundários em "The Object of My Affection" (1998, em que faz de irmã de Jennifer Aniston), "Beleza Americana" / "American Beauty" (1999, com Kevin Spacey e Annette Bening) e "As Horas" (2002, de Stephen Daldry, em que faz de Sally Lester). Em 2003, deu voz a Peach na longa metragem animada "Finding Nemo". Em 2007, entra em "Hairspray" e "Juno".

Recentemente, foi vista no teatro com Jack Black e John C. Reilly em "Prop 8 (The Musical)", uma sátira musical em protesto da passagem da Proposition 8 na Califórnia. Está actualmente em palco na Broadway com a versão musical de "Das 9 às 5", que lhe valeu nova nomeação para um Tony.

É ravissante pelo sorriso inimitável, pela marcada expressividade facial e pela postura irreverente.

Pecados para hoje?


A bela Betsabé tomando banho e comendo uma maçã...
O Rei David contemplando, convida-a a vir até ao seu quarto...
Promete...

Ainda a propósito do 24 de Julho

O Luís publicou há dias uma gravura de que gosto bastante
e que me lembrou o 24 de Julho.
Hoje deixo esta de que também gosto:


MAURIN, L., fl. entre 1834 e 1857
L. Maurin - D.ª Maria Reine de Portugal et S.M.I. D. Pedro.

Litografia, 1834?
http://purl.pt/13718

Ravissante! Holland Taylor


Holland Taylor é uma actriz norte-americana.

Nascida em Filadélfia a 14 de Janeiro de 1943, começou a sua carreira no teatro nos anos 60. Depois de múltiplos papéis em televisão, os anos 80 vêem-na na sitcom "Bosom Buddies" com Tom Hanks e no cinema, em "Em Busca da Esmeralda Perdida" / "Romancing the Stone" (1984), em que faz de Gloria, a agente de Joan Wilder, interpretada por Kathleen Turner.

Continuando a aparecer em papéis secundários, a sua actuação como juíza em "The Practice", de David E. Kelley (série que esteve em exibição de 1998 a 2003) obteve-lhe duas nomeações para os Emmy, tendo conquistado um. "Two and a Half Men", a sitcom em exibição desde 2003, obteve-lhe mais três nomeações para os Emmy. Ao todo, já teve seis nomeações para os prémios de televisão. Nos últimos anos, foi igualmente vista na série "The L Word", no papel da milionária Peggy Peabody.

É ravissante pela exuberância contida, ligeiramente cínica, que traz para os seus personagens.

Dia de calor


Vamos ter um dia de calor.
O Sol está nascendo cheio de força e luz.

A propósito de coscuvilhice

- Norman Rockwell, The Gossips

Não sei se já o disse aqui no blogue, mas gosto imenso de Norman Rockwell que capturou a Americana para sempre nas suas fabulosas criações. Ao ler um post da M.R. de ontem sobre esse verdadeiro desporto, amador para uns, profissional para outros, que é a coscuvilhice, lembrei-me logo desta ilustração do Rockwell. Ainda guardo algures uma reprodução desta The Gossips que tirei de uma Vida Mundial do meu pai.

Um quadro por dia - 12

-Noter, David Emile Joseph de, Preparando o banquete, col. particular.

24 de Julho de 1877

E na simbólica data de 24 de Julho de 1877,17 anos depois da morte do homenageado, foi inaugurado em Lisboa o monumento ao Marechal-Duque da Terceira, na praça que oficialmente leva o seu nome, embora muitos lisboetas não o saibam e poucos o usem. Será sempre o Cais do Sodré, como o Rossio será sempre o Rossio.

Ginjinhas de Lisboa - 3



Ginja Sem Rival, fundada no século XIX,
na Rua das Portas de Santo Antão, 7.
É também fabricante do licror Eduardino.

Lisboa: Av. 24 de Julho


José Manuel da Silva Passos - Bilhetes postais antigos: do Largo do Rato à Praça D. Luís.
Lisboa: Livros Horizonte, 1994, n.º 98
Faz hoje 176 que as tropas liberais, comandadas pelo Duque da Terceira, entraram em Lisboa.

Bom dia Luís!

Desejo um bom dia pouco trabalhoso!
Agora só me apetece ler livros sobre viagens.


"Veneza, 10 de Abril (1996)

Hoje tive um dia maravilhoso aqui em Veneza, a vadiar de um lado para o outro. Há aqui cantos e recantos, completamente ignorados pelos turistas, bem afastados dos esquálidos de grandeza dos principais canais, perfeitos para o passeante meditabundo. Detive-me a pensar em várias dessas pequenas pontes em arco que saltam obscuros canais, a ver as manchas de luz da água lá em baixo abrirem-se e a fecharem-se como leques nas paredes de pedra das casas."
Robert Dessaix, Cartas de Veneza, Lisboa: Gótica (Difel), 2002, p.117.

Numa de revivalismo quem não se lembra? "Do wah diddy!"



Manfred Mann foi uma banda britânica de R&B, formada por Mike Vickers, guitarra; Dave Richmond, baixo; e Paul Jones, vocal.

Os Manfred Mann originalmente era uma banda de rhythm and blues.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Interrogação ou exclamação


© Appler Dreamstime.com


Uma agradável surpreza esperava hoje por mim.
Uma reprodução de uma das primeiras cópias, senão a primeira, do poema de Antero de Quental, que mais tarde (1878) receberia o nome LOGOS.

Foi escrito no Luso, entre 9 de Agosto e 7 de Setembro de 1875.
Esta versão foi enviada numa carta escrita, a 7 de Setembro, por Antero, a Jaime Batalha Reis.

Meu caro Jaime
[...]

Envio-lhe 2 sonetos feitos aqui: achará neles bastante Filosofia, mas receio que lhe pareçam pouco poéticos.
Adeus.

Do seu, seu do Coração
Anthero

? [ou !]

Tu, que eu ao [*] vejo, e estás ao pé de mim...
E, o que é mais, dentro em mim - que me rodeias
Com um nimbo de afectos e de ideias
Que são o meu princípio, meio e fim...

Que estranho ser és tu (se és ser) que assim
Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões indefiniveis, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...

És um reflexo, apenas, da minh'alma...
E, em vez de te encarar com mente calma,
Sobressalto-me ao ver-te, e tremo e exoro-te!

Falo-te... calas! - calo... e vens atento! -
És um pai, um irmão... e é um tormento
Ter-te a meu lado! - és um tirano... e adoro-te!

[*] erro ao copiar, seria "não"

A transcrição, seguindo a versão publicada nos Sonetos foi já publicada, aqui no Prosimetron, por Miss Tolstoi, no comentário colocado hoje dia 23 de Julho, pelas 13:03, no texto publicado no dia 14 de Julho, pelas 15.45.

Aqui fica para comparação, dado que é diferente.

"Sonetos completos":

LOGOS

Tu, que eu não vejo, e estás ao pé de mim
E, o que é mais, dentro em mim - que me rodeias
Com um ninho de afectos e de ideias,
Que são o meu princípio, meio e fim...

Que estranho ser és tu (se és ser) que assim
Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões inominadas, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...

És um reflexo apenas da minha alma,
E em vez de te encarar com fronte calma
Sobressalto-me ao ver-te, e tremo e exoro-te...

Falo-te, calas... calo, e vens atento...
És um pai, um irmão, e é um tormento
Ter-te a meu lado... és um tirano, e adoro-te!

ANTERO DE QUENTAL

Ravissante! Maggie Smith

Maggie Smith é uma actriz britânica.

Nascida a 28 de Dezembro de 1934, começou a sua carreira no teatro e entrou no mundo da Sétima Arte em 1956. A adaptação cinematográfica da sua Desdémona no "Othello" de Laurence Olivier obteve-lhe a primeira nomeação para os Óscares, em 1965. Em 1967, é a jovem secretária em "The Honey Pot", de Joseph L. Mankiewicz, com Rex Harrison, Capucine e Susan Hayward. Dois anos depois, conquista a estatueta dourada de Hollywood com "The Prime of Miss Jean Brodie". Em 1972, "Travels With My Aunt" obtém nova nomeação para os Óscares. Voltará a ganhar uma estatueta dourada em 1978, como Melhor Actriz Secundária, em "California Suite". No mesmo ano, fica "Morte no Nilo" (1978) e, pouco depois, "Evil Under the Sun" (1982), ambos baseados em obras de Agatha Christie.

Actua sucessivamente em palco e perante as câmaras; destacam-se os seus papéis "grotescos", como lhes chama, por entre a prima Charlotte em "Quarto Com Vista Sobre a Cidade" (1986, uma produção Merchant-Ivory), Wendy em "Hook" (1991), Gunilla Garson Goldberg em "O Clube das Divorciadas" (1996), Lady Hester em "Chá com Mussolini" (1999, com Cher, Judi Dench, Joan Plowright e Lily Tomlin), de Franco Zeffirelli, a Condessa de Trentham em "Gosford Park" (2001, nova nomeação para os Óscares) e a irmã de "Ladies in Lavender" (2004, com Judi Dench). Na Broadway, ganha um Tony em 1990 como Melhor Actriz por "Lettice and Lovage" de Peter Shaffer.

Mais recentemente, foi apresentada a uma nova geração como Minerva McGonagall, a professora de Hogwarths na série de filmes "Harry Potter".

A sua carreira está consagrada com múltiplos prémios, incluindo cinco BAFTA, dois Óscares da Academia, dois Globos de Ouro, um Emmy e um Tony.

É ravissante pelo humor e sê-lo-ia quanto mais não fosse pela forma como dizia "Oh, Peter..." em "Hook", pelo ensinar de etiqueta aos soldados italianos em "Chá com Mussolini" e pelo leilão em "O Clube das Divorciadas" / "The First Wives Club": "Jackie O. had one just like it..."

The Muppet Show - Julie Andrews

Os posts do João sobre actrizes ravissantes inspiraram-me e levaram-me a procurar esta Senhora que foi esplendorosa no cinema e no teatro.

Ravissante! Francesca Annis


Francesca Annis é uma actriz britânica.

Nascida a 14 de Maio de 1944 no Rio de Janeiro, começou a sua carreira no teatro e no cinema na adolescência, tendo a sua carreira essencialmente associada ao palco e à Royal Shakespeare Company.

O primeiro vislumbre de grande audiência surge em "Cleopatra" (1963), de Mankiewicz, como aia do personagem de Liz Taylor. Em 1971, é Lady Macbeth no "Macbeth" de Roman Polanski, passando a ser conhecida pelo público cinematográfico. Em 1975, é "Madame Bovary" para a BBC e interpreta o papel de Lillie Langtry na mini-série britânica "Eduardo VII", papel esse que retomará para outra mini-série, "Lillie", três anos mais tarde. No teatro, a sua actuação na RSC em "Tróilo e Créssida", de Shakespeare, obtém-lhe uma nomeação para os Olivier Awards em 1977.

Em meados dos anos 80, é simultaneamente Tuppence em filme e na série televisiva "Agatha Christie's Partners in Crime" (1984), que desenvolve os personagens Tommy e Tuppence da reputada autora britânica, e ícone do cinema de fantasia e ficção científica ao interpretar Lyssa, a Viúva da Teia em "Krull" (1984) e Lady Jessica, a mãe de Paul Atreides, em "Dune" (1984).

Na televisão, continua a participar esporadicamente em mini-séries, destacando«se "Onassis" (1988), em que interpreta Jackie O., "Wives and Daughters" (1999) e "Cranfield" (2007), estas últimas sob a égide da BBC. No teatro, entre muitas outras presenças, liderou um excelente "Lady Windermere's Fan" em Londres em 1994.

Em 2009, regressou aos palcos no National Theatre com "Time and the Conways", em que faz de Mrs. Conway.

Possui 6 nomeações para os BAFTA, tendo conquistado o galardão com "Lillie".

É ravissante pela absoluta serenidade de um rosto esculpido em mármore quente e olhos profundamente expressivos.

Coscuvilhice faz bem à saúde

A coscuvilhice pode vir a ser receitada pelo médico, pelo menos a julgar pelas conclusões de um estudo de uma equipa de especialistas da Universidade norte-americana do Michigan. O estudo defende que dar à língua aumenta a produção de progesterona, hormona responsável pela redução da ansiedade e do stress, o que acabou por tornar as mulheres mais felizes.
(Caixa Woman, Lisboa, Verão 2009)

Ravissante! Stockard Channing


Stockard Channing é uma actriz norte-americana.

Nascida a 13 de Fevereiro de 1944 em Nova Iorque, começou a sua carreira artística no teatro experimental em Boston e off-Broadway. Em 1971, fez a sua estreia na Broadway no musical "Two Gentlemen of Verona - the Musical", de John Guare.

No pequeno écran, começou por aparecer na Rua Sésamo e fez protagoniza o seu primeiro telefilme em 1973, com argumento de Joan Rivers. O estrelato surge em 1978, ao interpretar o papel de Rizzo no filme "Grease", ao lado de John Travolta e Olivia Newton-John.

A sua carreira continua a cruzar os vários palcos -- sitcoms na CBS, cinema e teatro. Em 1985, ganha o Tony para Melhor Actriz com "A Day in the Death of Joe Egg". Duas novas colaborações com John Guare obtêm-lhe outras tantas nomeações para os Tony: "The House of Blue Leaves" (1986) e "Six Degrees of Separation" (1990). A passagem desta última peça a filme, em 1993, consegue-lhe nova nomeação para os Óscares.

O resto da década assiste a um prodigioso número de filmes e peças de teatro, incluindo "O Leão no Inverno", que em 1999 lhe obtém mais uma nomeação para os Tony.

Em 1999, cria o papel de Abbey Bartlett, a Primeira Dama dos EUA na série dramática "The West Wing", em que contracena com Martin Sheen, Allison Janney e Rob Lowe; terá presença nas sete temporadas da série, até 2006. "The West Wing" proporciona-lhe o Emmy para Melhor Actriz Secundária numa Série Dramática em 2002; recebe igualmente o Emmy para Melhor Actriz Secundária numa Mini-série ou Telefilme e o Prémio da Screen Actors Guild para Melhor Actriz Secundária numa Mini-série ou Telefilme na interpretação de Judy Shepard em "The Matthew Shepard Story", um docudrama sobre a vida e homicídio de Matthew Shepard.

Em 2008, regressa à Broadway na peça "Pal Joey", que lhe consegue mais uma nomeação para os Tony como Melhor Actriz.

A actriz, cujo nome artístico é a combinação do apelido de solteira, Stockard, e do apelido do primeiro marido, Channing, tem a sua carreira coroada com 13 nomeações para os Emmy (duas vitórias), 6 nomeações para os Tony (uma vitória), 3 nomeações para os Globos de Ouro e uma nomeação para os Óscares da Academia.

É ravissante pela intensidade mesmerizante do seu rosto, pela ferocidade felina da sua independência e pela torre de força e elegância que inculca às personagens.

Morning Glory

Ipomoea violacea


blue morning glory
head bent in contemplation
of the coming dawn
should not wait for better days
x
flowers live by their own rules
free to ignore them
together they are alone _
careless fructification
x
white morning glory
tumescent beyond the fence
still awaits the bee
x
red morning glory
is fall coming or is it
that you are blushing
x
Eduardo Ribeiro

Lá fora - 43 : Breguet no Louvre


- Montre Nº 160- Marie-Antoinette


Está patente no Louvre, na Ala Sully, uma exposição dedicada a um dos grandes criadores de relógios da Europa, o suiço ( nem podia ser de outra maneira ) Abraham- Louis Breguet, fundador da marca que ainda hoje é uma das referências da relojoaria mundial.
São 170 peças prodigiosas de técnica, de relógios de mesa a de bolso, pêndulos etc, e com um requinte inigualável ou não tivessem sido encomendadas por Alexandre I da Rússia, Josefina Bonaparte, o Príncipe Regente ( futuro Jorge IV de Inglaterra ) , ou pelos riquíssimos príncipes Borghese e Demidoff.
Uma das estrelas da exposição é sem dúvida o famoso relógio de Maria Antonieta, ou mais propriamente o último que ela encomendou, porque era cliente habitual, e nunca chegou a usar.
O relógio foi encomendado obviamente antes da Revolução, com a condição de ser o mais avançado para a época, e Breguet começou a executá-lo, em ouro naturalmente, e com todos os mecanismos possíveis e imaginários- uma obra-prima da relojoaria europeia. Salvou-se milagrosamente do saque que foi feito na Maison Breguet durante a Revolução, só foi terminado já depois da morte de Breguet tal a complexidade, e foi passando de mão em mão até terminar na colecção do inglês David Salomons no início do século XX. À morte deste, a filha Vera legou o relógio ao Museu de Jerusalém de onde foi roubado em 1983.
A Casa Breguet resolveu então pesquisar nos seus arquivos e reconstruir o fabuloso relógio em 2003. É essa réplica rigorosa que está agora exposta no Louvre.
Entretanto, o original foi restituído ao Museu de Jerusalém pela viúva do ladrão em 2007...
- Breguet au Louvre, un apogée de l' horlogerie européenne, até 7 de Setembro.

Ravissante! Angela Lansbury


Angela Lansbury é uma actriz e cantora britânica.

Nascida a 16 de Outubro de 1925, estreou-se no cinema como a criada no superlativo ''Gaslight'', de George Cukor, ao lado de Charles Boyer e Ingrid Bergman (sendo nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária nesse seu primeiro passo na Sétima Arte). No ano seguinte, nova nomeação com "O Retrato de Dorian Gray". De entre os seus outros filmes, merecem destaque "The Manchurian Candidate" (1962), "Se a Minha Cama Voasse"/"Bednobs and Broomsticks" (1971), nas mega-produções das obras de Agatha Christie "Morte no Nilo" (1978) e "The Mirror Crack'd" (1980), e "A Companhia dos Lobos" (1984). Só volta a actuar no cinema em 2006, em "Nanny McPhee", embora os seus personagens de animação se tenham destacado, em especial a sua criação de Mrs. Potts no filme da Disney "A Bela e o Monstro" (1991).

Nos anos 50, começara a actuar na Broadway e na televisão.

Na Broadway, estreou-se em "Anyone Can Whistle" de Stephen Sondheim (1964), tendo a sua interpretação de "Mame" ao lado de Bea Arthur conquistado o primeiro dos seus Tony, em 1966. "Mame" esteve em cena 1508 vezes. O teatro nova-iorquino voltou a tê-la como estrela em "Dear World", em 1969, no revival de "Gypsy" em 1974, e como Mrs. Lovett em "Sweeney Todd", de Sondheim, em 1979. Todos estes papéis conquistaram Tonys, sendo o quinto conquistado este ano, em "Blithe Spirit" (que se encontra em cena).

Nos anos 80, tornou-se imensamente popular como Jessica Fletcher, a escritora-detective amadora de Cabot Cove, em "Crime, Disse Ela" ("Murder, She Wrote"), que passou na televisão entre 1984 e 1996 num notável total de 12 temporadas (a que se seguiram quatro filmes feitos para televisão).

A sua carreira está coroada com cinco Tony, seis Globos de Ouro, três nomeações para os Óscares da Academia e doze nomeações para os Emmy.

É ravissante por conseguir gerar sorrisos espontâneos de afecto quando se vislumbra o seu rosto ou a sua voz, seja em que contexto for.

Destinos insólitos: 1- As portas do Inferno

Perto da localidade de Derweze, no Turquemenistão, há um gigantesco buraco no deserto de Karakum que oferece há décadas uma visão dantesca: uma gigantesca fornalha alimentada pelos imensos depósitos de gás. Arde há meio século, mas não é um fenómeno natural, é fruto de pesquisas de gás efectuadas pelos soviéticos na década de 5o, entretanto abandonadas. Cada vez há mais excursões até este impressionante local.

P.S. - Aconselho a que vejam o vídeo com o som reduzido.

A despedida

Considerações político-partidárias à parte, até porque já sabem que não é isso que me move, ontem fiquei admirado com a longevidade parlamentar de Manuel Alegre. É verdade, Manuel Alegre, que até aprecio como poeta, despediu-se ontem da Assembleia da República, onde foi deputado durante 34 anos. O pior, para mim, não são os 34 anos assim a seco, são os 34 anos que passaram sem que o nome dele tivesse alguma vez ficado associado a uma lei, ou a um projecto legislativo de monta. E só nos últimos anos, depois das presidenciais, é que se deu mais por ele nas votações quando começou a mostrar um sentido de voto próprio.
Ficará sempre a dúvida de que a "carreira" parlamentar de Alegre foi agora encerrada, não por qualquer ideal de renovação das pessoas que ocupam cargos políticos, mas sim para começar a corrida de fundo dirigida a um certo palácio cor-de-rosa...

Ginjinhas de Lisboa - 2




Ginjinha Espinheira, no Largo de S. Domingos, 8.
Casa fundada por Francisco Espinheira, em 1840.

O desenho de Fátima Mendonça e a analogia que a sua obra me suscitou deu-me vontade ouvir o Bolero de Ravel e de ver o bailado coreografado por Maurice Béjard.