sábado, 2 de janeiro de 2010
«Os Britadores», de Courbet
Gustave Courbet - Os britadores
Óleo sobre tela, 1849
À cadência de quem segue no mundo
bem sabendo que a morte é inevitável
e que a existência é um rio onde se guarda
(se soma, se multiplica, se acumula)
a muita dor sentida ou já herdada
por séculos de indigência e humildade,
estas figuras velam o seu rosto
ou ele oculto fica pelo roer do esforço
pela visão de um mundo injusto e bárbaro
- com um oscilante toque de balança,
com o vagar de quem pousou a fala.
Os britadores levantam os braços
no cósmico sossego dos que lavram
- e, quase indiferença e sem palavras -
as feridas mais terrosas, o pântano
onde habitam suas mágoas.
João Rui de Sousa
In: Foro das Letras, Coimbra, Jul. 2009, p. 11
Não terá nada a ver, mas associou-se-me,na cabeça,a imagem do "Almoço do Trolha" do Júlio Pomar...
ResponderEliminarIsto é como as cerejas...
Gosto bastante desse quadro de Pomar.
ResponderEliminarNão conhecia estes britadores de Courbet. Fui procurá-lo depois de ter lido o poema.
E voltando às coisas da tradução, sabe como o quadro - Les casseurs de pierre - aparece traduzido na net? «Os britadores de pedra»!
São os alfabetados analfabetos.
ResponderEliminarGostei do poema.
ResponderEliminarSó faltava,para ser completa a irrisão, serem os "marteladores pneumáticos"...
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