Ao contrário do filme de Eisenstein, esta longa-metragem de Pavel Lungin, apresentada em Cannes e recentemente estreada nalguns países europeus, apenas foca dois anos da vida de um dos mais conhecidos czares russos, Ivan IV, mais conhecido como Ivan Grozny ( Ivan O Terrível ). Mas são dois anos tremendos em que a paranóia e a crueldade do monarca atingem foros de demência culminando num dia de 1581 em que mata com as próprias mãos o seu filho e herdeiro, o czarevitch Ivan, de 27 anos.
Há quem justifique o carácter deste "inesquecível" soberano com a sua infância difícil: órfão de pai aos 3 anos e de mãe, envenenada pelos boiardos, aos 8, e entregue praticamente a si próprio durante toda a infância e juventude sempre receando conjuras para lhe roubarem o trono e a vida. Mas talvez a razão do profundo desequilíbrio seja outra: nos anos 60, quando o túmulo foi restaurado e as ossadas examinadas, foram encontrados importantes resíduos de mercúrio, substância usada durante séculos para o tratamento de doenças venéreas, desconhecendo a ciência médica de então os efeitos tóxicos para o ser humano, designadamente no sistema nervoso...
Outro pormenor pouco conhecido é o currículo conjugal de Ivan: conseguiu ultrapassar o seu contemporâneo inglês Henrique VIII, já que teve 7 mulheres, sendo que só a primeira, Anastasia Romanovna, foi mais ou menos feliz...
Interessante!
ResponderEliminar:)
DOIDO VARRIDO!!!
ResponderEliminarO filme de Eisenstein é fantástico. E este?
ResponderEliminarAinda não tive acesso a comentários sobre este filme. Vou procurar. Mas quero vê-lo. Sempre achei o Ivan "interessante" como exemplo da paranóia no poder. Melhor na história russa, só um certo ex-seminarista georgiano...
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