Mas as histórias dos rapazes cujos pais meteram na cabeça que os filhos irão ser novos Figos ou novos Ronaldos, e das raparigas cujos familiares vêem nelas novas Marisas Cruz ou Isabéis Figueira, têm tudo a ver com este tempo que vivemos.
É a época do estrelato a todo o custo, do mediatismo exacerbado, das ilusões desmedidas, do vale tudo para atingir as luzes da ribalta-e, através delas, ganhar fama e dinheiro.
Na área do futebol e da moda só o físico parece contar- e por isso a inteligência e a cultura são negligenciadas pelas famílias. Erradamente, porém. Em todas as profissões, a inteligência e a cultura importam. Há jogadores imensamente talentosos que se afundam por manifesta falta de cabeça ( caso de Ricardo Quaresma ) e outros que conseguem ter uma carreira acima do seu potencial futebolístico porque sabem rentabilizar ao máximo as qualidades e valorizar a presença dentro e fora de campo ( casos de Nuno Gomes e mesmo de Luís Figo). E nas modelos também constatamos isso. Umas perdem o rumo, enveredando pelo mundo das drogas, do álcool e do sexo desenfreado; outras aguentam-se, mantêm-se à tona, vão gerindo a carreira e conseguem chegar longe, mesmo sem serem físicamente superdotadas. (...)
- José António Saraiva, no Sol de hoje.
José António Saraiva relata de uma forma fluída a vida de plástico que um determinado grupo escolhe e pelo qual se afirma.
ResponderEliminarFez-me lembrar os canais portugueses que felizmente vejo pouco!