sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O mistério da "senhora muito culta"

Não me interessa o debate conversa pública/conversa privada, nem os limites do direito à privacidade dos governantes, sendo certo que um político experimentado como José Sócrates não pode desconhecer que falar alto num restaurante não garante a privacidade de tal conversa nem aqui nem na Coreia do Norte.
O que me está a "morder" é saber quem foi a fonte do Mário Crespo. Quem foi a "senhora muito culta" que estava também a almoçar no restaurante do Hotel Tivoli e ouviu os "desabafos" de Sócrates sobre Mário Crespo quando passaram pela mesa "governamental" Nuno Santos e Bárbara Guimarães. É mesmo caso para dizer cherchez la femme...

5 comentários:

  1. Foi, com certeza, uma calhandra voadora. Ave que Houaiss também
    dá,vocabularmente,como significado
    de "mulher pouco asseada".

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  2. APS: Não me diga que também alinha no argumentário da "calhandrice"! Então um primeiro ministro almoça com outros ministros num restaurante em que estão muitos outros comensais, diz o que lhe vai na alma sobre Mário Crespo em voz alta e ainda reclama que "estão a violar uma conversa privada"?
    Quanto a mim, quem foi desbocado foi o nosso Primeiro.

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  3. O meu registo foi irónico,LB.
    E já são casos demasiados para que
    os desculpemos ou sermos ingénuos perante esta estratégia silenciadora com tiques totalitários.É por isso que saudei a pré-candidatura de Manuel Alegre
    - valha-nos alguma ética republicana no meio deste desnorte.
    Já agora, noutro registo,vou dar para o seu "peditório" de criminosas: Isabel de Médicis,Marquesa de Montespan,Condessa Isabel Bathory (que se banhava, ao que dizem, em sangue humano)e Catarina Montvoison.

    P.S.:Voltando ao princípio,se puder ir ao sítio onde já foi,
    pelo menos,uma vez lá encontrar´,
    em registo irónico,também,algumas observações sobre o momentoso caso.
    Cordialmente,
    A.S.

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  4. O que eu bem gostava de ver era alguém aparecer e directamente contar o que viu e ouviu. Se não, isto é mesmo trabalhar sobre o diz-que-diz.

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  5. APS: Valha-nos realmente a ironia, porque isto está a ficar insustentável.
    Obrigado pelas sugestões: de todas, a que parece mais indicada (pela escala da coisa e pelos actos em si ) é mesmo a sangrenta condessa balcânica Elizabeth Bathory.

    JP: Compreendo a posição do M.Crespo em não revelar a identidade da dita senhora que estava a almoçar no restaurante do Tivoli, e a verdade é que ninguém desmentiu a conversa- Nuno Santos, director de Informação da SIC, e os ministros que já se pronunciaram apenas disseram que "não foi bem" como Crespo deu a conhecer por escrito ao país.

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