Coloquei hoje um post sobre o tema da paixão de Cristo na poesia portuguesa. A Paixão é um tema que sempre me atraiu. Comprei há uns tempos uma antologia efectuada por António Salvado. Não fiz uma introdução ao tema porque julguei ser do domínio de todos o que passarei a citar do autor mencionado:
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"(...) nas manifestações poéticas dos séculos XII, XIII e XIV pouco ou nada se assinala que nos permite falar da existência de uma poesia de cunho religioso no nosso trovadorismo. A evocação do nome de Deus com que a cada passo deparamos ao lermos as cantigas desses poetas medievais nada mais é, afinal, que um subsidiário artifício expressivo, predilecta forma que realça o louvor à mulher amada, que intensifica a ânsia perante um amor difícil, ou que compromete a satisfação por uma dádiva conseguida.
Posto isto, com especial atenção terão, pois de ser comprometidos os dois poetas dos alvores da nossa poesia que iniciam a presente antologia: o primeiro, Afonso X, nem sequer é português; (...)"
Afonso X, avô de D.Dinis, rei "profundamente cristão (anotemos ainda que Afonso X é filho de S. Fernando), o culto mariano mereceu-lhe um carinho tão distinto que as composições em galaico-português que à Virgem entoou, coligidas sob a designação de Cantigas de Santa Maria, formam largas dezenas".
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António Salvado, A Paixão de Cristo na Poesia Portuguesa, Lisboa: Polis, 1969, prefácio p. XI e XII
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Eis porque coloquei um post com D. Afonso X. Lamento no entanto ter escolhido Giotto para ilustrar o poema. Não me apercebi que JAD tinha iniciado a história da paixão de Cristo com esse célebre pintor medieval.
Vi o seu primeiro post sobre a Semana da Páscoa que em nada me dizia que era essa a sua finalidade por isso, utilizei o fresco da flagelação de Cristo. Como só mais tarde me chegou a informação decidi mudar a imagem de Giotto e substituí-la por Fra Angélico, apesar deste ser mais tardio que o poema retratado.
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JAD peço desculpa por algum mal entendido mas confesso que não pensei estar a imitá-lo. Gosto de inovação e originalidade. Quanto ao silêncio e à ignorância: o primeiro é magnífico, o segundo é tristeza mas como sou uma aprendiza e a minha pedra precisa de ser muito lapidada para dar origem à luz, quando não se sabe que se está a cometer um erro é bom que os sábios ensinem para isso é que servem os sábios. Senão para quê a sua existência?
Hum, Ana tenha cuidado que com esta linguagem ainda pensam que pertence a uma certa associação discreta...
ResponderEliminarOn ne sait jamais...
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarNunca se sabe...
:)
Obrigada!