Não querendo entrar em polémicas sobre o assunto, a verdade é que ele me interessa. Julgo que o problema está na terminologia «natureza morta» que implica obviamente objectos inanimados. Contudo, em inglês e «still life» o que significa natureza parada (ou em pose?)... Muitos livros sobre o tema incluem naturezas mortas com quadros de curiosidades, bodegones com pessoas na cozinha, insectos, répteis (bem vivos) ou quadros como a «Raia» de Chardin, que mostra um gato assanhado. Para ser sincera, precisava de saber como definir melhor o tema, por isso, aqui deixo a minha reflexão, esperando que alguém me consiga elucidar.
Para mim "still life", pode ser natureza parada (traduzindo à letra) mas pode também ser uma outra natureza parada (isto é, em que a Natureza parou o seu efeito natural de continuação): uma flor que foi tirada do jardim ou da árvore; um fruto que foi colhido; um animal que foi morto. Disto passou-se para a decomposição (os ossos humanos... mas isso é já mais uma vanitas) que agora também acham que é uma classificação de natureza morta mas que para mim não é). E desta decomposição passou-se para a decomposição dos objectos Um copo partido, um livro rasgado.... e qualquer dia tudo é "vida parada".
Não me parece que se possa falar de uma "nova teoria" relativamente a algumas das explicações dadas na visita guiada-foi a mesma onde estive-de que fala o nosso Jad. Sendo um mero leigo na matéria, tenho lido algumas coisas e parece-me que não há assim tanta unanimidade na doutrina quanto à definição deste género pictórico, ou seja as fronteiras não estão rigorosamente definidas. Mas vou ler mais :)
Margarida Elias, Gostei da sua intervenção, eu, tal como o Luís, também não sou especialista, apenas amante de arte e para mim também só é natureza morta o inanimado por isso foquei noutro comentário, o burro "um ser vivo", utilizei propositadamente. Gostei da sua intervenção porque aprendi com todos os comentários. Mais, eu pensava também que as "vanitas" não eram natureza morta e quando fui à exposição fiquei espantada e pensei que era ignorância da minha parte!
Fiz um trabalho sobre as naturezas mortas quando estava na licenciatura e não me parece que as fronteiras fossem muito definidas. As vanitas apareciam quase sempre... Tenho de reler os meus apontamentos. E fico à espera de novos desenvolvimentos.
Morta, mas vivíssima!
ResponderEliminarM.
Bom dia!
ResponderEliminarM.
Não querendo entrar em polémicas sobre o assunto, a verdade é que ele me interessa. Julgo que o problema está na terminologia «natureza morta» que implica obviamente objectos inanimados. Contudo, em inglês e «still life» o que significa natureza parada (ou em pose?)... Muitos livros sobre o tema incluem naturezas mortas com quadros de curiosidades, bodegones com pessoas na cozinha, insectos, répteis (bem vivos) ou quadros como a «Raia» de Chardin, que mostra um gato assanhado. Para ser sincera, precisava de saber como definir melhor o tema, por isso, aqui deixo a minha reflexão, esperando que alguém me consiga elucidar.
ResponderEliminarPara mim "still life", pode ser natureza parada (traduzindo à letra) mas pode também ser uma outra natureza parada (isto é, em que a Natureza parou o seu efeito natural de continuação): uma flor que foi tirada do jardim ou da árvore; um fruto que foi colhido; um animal que foi morto. Disto passou-se para a decomposição (os ossos humanos... mas isso é já mais uma vanitas) que agora também acham que é uma classificação de natureza morta mas que para mim não é). E desta decomposição passou-se para a decomposição dos objectos Um copo partido, um livro rasgado.... e qualquer dia tudo é "vida parada".
ResponderEliminarNão me parece que se possa falar de uma "nova teoria" relativamente a algumas das explicações dadas na visita guiada-foi a mesma onde estive-de que fala o nosso Jad.
ResponderEliminarSendo um mero leigo na matéria, tenho lido algumas coisas e parece-me que não há assim tanta unanimidade na doutrina quanto à definição deste género pictórico, ou seja as fronteiras não estão rigorosamente definidas. Mas vou ler mais :)
Margarida Elias,
ResponderEliminarGostei da sua intervenção, eu, tal como o Luís, também não sou especialista, apenas amante de arte e para mim também só é natureza morta o inanimado por isso foquei noutro comentário, o burro "um ser vivo", utilizei propositadamente.
Gostei da sua intervenção porque aprendi com todos os comentários. Mais, eu pensava também que as "vanitas" não eram natureza morta e quando fui à exposição fiquei espantada e pensei que era ignorância da minha parte!
Fiz um trabalho sobre as naturezas mortas quando estava na licenciatura e não me parece que as fronteiras fossem muito definidas. As vanitas apareciam quase sempre... Tenho de reler os meus apontamentos. E fico à espera de novos desenvolvimentos.
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