(...) Num momento em que os devedores públicos e privados entram numa batalha mundial para atrair capitais, uma má nota pode significar o colapso financeiro do país. Os critérios adoptados pelas empresas de rating são em grande medida arbitrários, reforçam as desigualdades no sistema mundial e dão origem a efeitos perversos: o simples rumor de uma próxima desqualificação pode provocar enorme convulsão no mercado de valores de um país. O poder discricionário destas empresas é tanto maior quanto lhes assiste a prerrogativa de atribuirem qualificações não solicitadas pelos países ou devedores visados. A virulência do fascismo financeiro reside no seu potencial de destruição, na sua capacidade para lançar no abismo da exclusão países pobres inteiros. (...)
- Boaventura de Sousa Santos, O fascismo financeiro, na Visão de hoje.
O esquema dos seus amigos soviéticos era mais em termos de "acção directa": limitava-se a saquear países inteiros, sob a mira do canhão do blindado. Fácil e eficaz. ou o sr. Boaventura já se esqueceu dos "esquemas dinâmicos" de extorsão copiosamente aplicados na Europa de Leste?
ResponderEliminarPara lá de ajustes que, para o caso,serão meramente estados de alma poeticamente dispersivos e inúteis, importa perguntar o que que o Sr.Barroso pensa, o que é que o Sr.van Rampuy ainda não disse
ResponderEliminare talvez devesse dizer.Que saudades de Delors!...Tavez valha a pena reler Brecht, ou lembrar o matreiro Kissinger que perguntava para que número de telefone devia ligar, quando queria falar com a Europa...
O Sr. Boaventura é apenas um "língua", Sr Nuno Castelo-Branco, e os tiros já nos atingem a porta. É preciso não perder de vista o essencial.
Como Saint-Exupery disse, e para sempre.
O que se passa com estas empresas de rating é incrível. Por uma vez, concordo com BSS.
ResponderEliminar