segunda-feira, 31 de maio de 2010
Restauração
J.M. Wright, Charles II in coronation robes, óleo sobre tela, 1661.
Neste ano tão republicano, pelo menos cá no burgo, sabe bem uma efeméride monárquica para intervalar.
Não é da história lusa directamente, embora com repercussões na história pátria, mas sim da história das Ilhas Britânicas.
Cumprem-se este ano os 350 anos da Restauração da Monarquia em Inglaterra. Foi no dia 29 de Maio de 1660 que Carlos II (1630-1685), até então apenas rei de jure desde a decapitação do seu pai Carlos I, entrou triunfalmente em Londres, 4 dias depois de ter desembarcado em Dover e dez anos depois do exílio forçado de todos os Stuarts.
E, ao contrário de tantas outras restaurações, foi um regresso pacífico, pedido pelo povo inglês cansado dos 10 anos de república ( Commonwealth ) e da família Cromwell.
Carlos foi coroado a 23 de Abril de 1661, Dia de S.Jorge, com jóias e insígnias novas- as dos tempos antigos tinham sido derretidas pelos republicanos-e em Maio do ano seguinte casou com uma princesa portuguesa, Catarina de Bragança, que levou em dote terras e especiarias e introduziu no reino uma nova bebida, hoje uma das mais populares do mundo especialmente às cinco da tarde...
De tal enlace não resultou descendência, mas Carlos Stuart deixou uma numerosa prole de bastardos cujos descendentes se contam hoje pelos milhares, incluindo-se entre estes quase todas as casas ducais do Reino Unido.
O interlúdio republicano em Inglaterra foi realmente curto- 10 anos- mas a verdade é que parece ter curado para sempre o apetite por tal forma de regime... Outros povos são mais lentos.
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