Depois de quase dois anos a ouvir chamar a Henrique Medina Carreira tudo e mais alguma coisa: "exagerado", "catastrofista", "apocalíptico", "Velho do Restelo" e outros epítetos menos simpáticos ainda, estou à espera que se lhe faça justiça.
Quando o Governo, mas não só, proclamava alto e bom som que "isto" não estava assim tão mal e era para se fazer tudo ( TGV, nova ponte sobre o Tejo, novo aeroporto e mais não sei quantas auto-estradas), mesmo já depois de a Grécia começar a ter gente nas ruas e o "nosso" rating ir baixando, uma das poucas vozes que nunca esmoreceu e nos confrontava com o que quase ninguém, a começar pelo nosso teimoso Primeiro-Ministro, queria assumir, foi a de Medina Carreira.
Sugiro, pois, um acto de contrição ( expressão adequada dada a visita papal ) sob a forma de uma estátua a ser colocada junto ao Palácio de S.Bento.
Um euro a cada português e a coisa faz-se. Espero que os primeiros contributos provenham dos bolsos do Eng.Sócrates e daqueles seus muchachos que sistematicamente ridicularizavam Medina Carreira.
Tive a oportunidade nos idos dos setenta de me ter encontrado algumas vezes com ele. Para além de me lembrar, sempre que o via e,agora vejo na TV,de uma personagem shakeasperiana,e algumas idiossincrasias muito pessoais,era um homem realista, não tão mal disposto como agora.
ResponderEliminarInfelizmente tem razão.
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