A chuva que tem caído com alguma intensidade entristece-me porque o cheiro da terra não é o mesmo das chuvas que aparecem no fim do Verão. É suposto ser Primavera e com ela nascerem as flores, regressarem os pássaros e o sol.
A chuva levou-me até Eugénio de Andrade e à simplicidade deste poema bem como desta pintura do americano Joseph DeCamp (1858-1923) de Cincinnati, Ohio. Joseph DeCamp estudou na Academia Real de Munique e passou algum tempo na Europa, nomeadamente em Florença.
Joseph DeCamp, Costureira, 1916
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Óleo sobre tela,92.71 × 71.12 cmCorcoran Gallery of Art,Washington D.C.
CASA NA CHUVA
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A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei por que voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade, Escrita da Terra, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2002, p. 55.
A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei por que voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade, Escrita da Terra, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2002, p. 55.
Sábado acaba a chuva! Domingo faz Sol.
ResponderEliminarPrevilégios de quem envia faxes.
ResponderEliminarObrigada Jad e MR,
ResponderEliminarEspero então pelo resultado dos faxes. Pode ser que Santo António nos traga muito sol!