terça-feira, 8 de junho de 2010

Desbragadamente hilariante

David Sedaris é um dos escritores de humor mais conhecidos e de maior sucesso nos EUA. Este mestre da sátira que colabora regularmente com a New Yorker, a Esquire, a G.Q. e a NPR, autor de vários best-sellers, galardoado em 2001 com o Thurber Prize for American Humor e considerado pela Time o humorista do ano (também em 2001), voltou a surpreender-nos com um novo livro sobre alguns dos seus temas favoritos: a família, os relacionamentos e os desconhecidos meio loucos que encontramos no autocarro, na fila do supermercado ou até no apartamento do lado. Álbum de Família é a mais recente obra deste humorista norte-americano disponível nas livrarias a partir de 11 de Junho. Um dos jovens talentos americanos mais mordazes e deliciosos. (The Washington Post) ou Dramaturgo, escritor, estrela de rádio e duende de Natal reformado, David Sedaris é provavelmente o nova-iorquino mais brilhante e espirituoso desde Dorothy Parker. (New York Magazine) foram elogios que alguns dos mais respeitados títulos americanos escreveram sobre ele e o novo livro. Mas o humor de Sedaris também é frequentemente comparado com o de Woody Allen e entre nós o seu talento remete-nos para Miguel Esteves Cardoso nos tempos áureos de O Independente. Tal como MEC fazia, Sedaris escreve a brincar sobre coisas sérias e faz-nos pensar com isso. Dele já li o Diário de um Fumador, se não estou em erro o primeiro livro a ser editado em Portugal, também pela Contraponto. É o relato de um quotidiano muito especial em que acontece tudo o que é mais bizarro, e mesmo o que é relativamente normal, ele transforma numa história divertidíssima. Ainda no Diário de um Fumador destaco o texto final desta compilação, em minha opinião o mais bem conseguido em que o autor retrata o seu dia-a-dia enquanto tentava deixar de fumar, vício que apanhou da sua mãe que morreu de um cancro de pulmão. Ainda a própósito de Álbum de Família, não resisto a transcrever a crítica ao livro feita pelo Minneapolis Star Tribune: Não recomendo que leia o livro na praia. Vai rir tanto que fica com a banha toda a abanar. Embora um tanto deselegante a apreciação escapa ou não tivesse a ver com a pessoa e a obra de David Sedaris.

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