quinta-feira, 17 de junho de 2010

Poemas - 7


Deixa estar, não digas nada.


Deixa estar, não digas nada.
Não toques no meu destino.
Pela tarde bate um sino
que nem se lembra de nós
no seu passo de romagem.
Que vai como um rio à foz
sem querer saber da margem.


É melhor os dois podermos
seguir o nosso caminho,
o salvo som naufragado
a chamar-nos de mansinho


para junto desse lado
que temos medo de ver.
Deixa estar, não digas nada,
talvez seja bom morrer.



-
Joaquim Manuel Magalhães

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