A propósito do filme de Polanski, recentemente estreado, O Escritor Fantasma, o último JL dedicou algumas das suas páginas a este tema. Os escritores-fantasmas para quem não saiba são escritores que escrevem livros na primeira pessoa em nome de outros, especialmente personalidades do mundo do desporto e do espectáculo. Fiquei a saber que hoje também já se escrevem romances nos mesmos moldes.
O JL entrevista alguns escritores-fantasmas, como João Pedro George e Sara Rodrigues e refere «o célebre caso do francês Paul-Loup Sulitzer, que depois de ter ganho prémios e tudo, viu a sua autoria a descoberto, quando se suspeitou, em directo, no programa televisivo Apostrophes, de Bernard Pivot, que os seus aclamados livros tinham saído da pena de um ghost writer.» (14 Jul. 2010, p. 10) Desconhecia este caso. Mas o artigo não fala, por exemplo, de dois escritores conhecidíssimos: Enid Blyton e Alexandre Dumas.
Segundo se diz, Enid Blyton teria uma ou mais pessoas que teriam escrito alguns dos seus livros, mas que nunca deram a cara.
Auguste Maquet, litografia de C. Faber, 1847
Quanto a Alexandre Dumas, há dúvidas se Auguste Maquet seria apenas seu colaborador ou se teria sido um ghost writer.
O JL entrevista alguns escritores-fantasmas, como João Pedro George e Sara Rodrigues e refere «o célebre caso do francês Paul-Loup Sulitzer, que depois de ter ganho prémios e tudo, viu a sua autoria a descoberto, quando se suspeitou, em directo, no programa televisivo Apostrophes, de Bernard Pivot, que os seus aclamados livros tinham saído da pena de um ghost writer.» (14 Jul. 2010, p. 10) Desconhecia este caso. Mas o artigo não fala, por exemplo, de dois escritores conhecidíssimos: Enid Blyton e Alexandre Dumas.
Segundo se diz, Enid Blyton teria uma ou mais pessoas que teriam escrito alguns dos seus livros, mas que nunca deram a cara.
Auguste Maquet, litografia de C. Faber, 1847
Quanto a Alexandre Dumas, há dúvidas se Auguste Maquet seria apenas seu colaborador ou se teria sido um ghost writer.
Oportuno e muito curioso.
ResponderEliminarDesejo que os "ghost writers" não tenham o fim trágico dos do filme do Polanski que é fantástico. Final inesperado. Quando tudo já apontava numa direcção...
ResponderEliminarE como se chama os escribas de serviço aos discursos (etc.) dos ministros (etc.)? Funcionários...
Faltava uma letra em: "E como se chama aos escribas..."
ResponderEliminarNão me surpreendeu o final. E não tinha lido o livro.Mas são muitos anos de Le Carré e afins... :)
ResponderEliminarMaquet e os outros que Dumas utilizou, o que em nada diminui o seu brilhantismo já que sabemos os moldes da colaboração, eram os "négres", expressão que diz tudo... Aliás, ainda hoje é o termo usado em França.
ResponderEliminarMiss Tolstoi: Normalmente chamam-se assessores, e sempre há um ou dois vocacionados para essa escrita...
(Oxalá eu não feche o círculo!...)
ResponderEliminarNunca ninguém confirmou, até hoje, nem desmentiu que grande parte dos discursos de Sá Carneiro terão sido escritos por Ruben A..
Isto pode,talvez, ajudar a entender algumas coisas...
Não sabia do Ruben A. ter servido de escritor-fantasma (para continuar na onda de Miss Tolstoi) a Sá Carneiro. Muito interessante!
ResponderEliminarM.
Luís Barata eu sei que são os assessores para os PR, PM e ministros, mas não deixam de ser funcionários... e una fantasmas conhecidos. :)
ResponderEliminarAPS, também não sabia do Ruben A.
V.M.G. escreveu alguns para Ramalho Eanes.
ResponderEliminarJ.