Esta gravura de Lisboa, com dois anjos segurando o brasão dos reis de Portugal, aparece a ilustrar muitas obras de História e de estórias...
Mas, existe sempre um mas..., quase sempre (99% das vezes) com um erro, que embora já venha a ser corrigido desde 1985 (1988 e 1994) continua a ser propagado.
E esse erro é dizer que esta gravura é "datável, aproximadamente, de 1541"... e vou evitar de citar os diferentes autores que o fazem.
É certo que esta gravura de Lisboa, com os anjos, a preto e branco (dado que a aguarelagem foi feita, possívelmente, no século XX) apareceu integrada numa obra de Sebastião Münster (1488-1552), mas não na primeira edição da Cosmographia (Basel, Heinrich Petri, 1544). Esta obra que, ao longo dos séculos XVI e XVII, contou com dezenas de edições, em diferentes línguas, foi enriquecida, gradualmente, com novas gravuras, copiadas de outros livros. A vista de «Lisbona» só apareceu, na obra de Münster, quarenta e seis anos depois da sua morte, ocupando as pp. lxxx-lxxxj da edição, em língua alemã, com o título Cosmographey [...], impressa também em Basel (Sebastian Henric- Petri), em 1598.
Voltou a ser impressa nas edições de 1614 e 1628.
Esta gravura é uma cópia retocada da gravura publicada pela primeira vez na obra de Georg Braun e Frans Hogenberg, Civitates Orbis Terrarum, Vol. I, Colónia, 1572 (impressa também a preto e branco, aguarelada muito posteriormente).
As únicas diferenças encontram-se no número de embarcações existentes no Tejo, e no céu de Lisboa que, na da Cosmographey, tem as armas de Portugal sustentadas por dois anjos.
E esse erro é dizer que esta gravura é "datável, aproximadamente, de 1541"... e vou evitar de citar os diferentes autores que o fazem.
É certo que esta gravura de Lisboa, com os anjos, a preto e branco (dado que a aguarelagem foi feita, possívelmente, no século XX) apareceu integrada numa obra de Sebastião Münster (1488-1552), mas não na primeira edição da Cosmographia (Basel, Heinrich Petri, 1544). Esta obra que, ao longo dos séculos XVI e XVII, contou com dezenas de edições, em diferentes línguas, foi enriquecida, gradualmente, com novas gravuras, copiadas de outros livros. A vista de «Lisbona» só apareceu, na obra de Münster, quarenta e seis anos depois da sua morte, ocupando as pp. lxxx-lxxxj da edição, em língua alemã, com o título Cosmographey [...], impressa também em Basel (Sebastian Henric- Petri), em 1598.
Voltou a ser impressa nas edições de 1614 e 1628.Esta gravura é uma cópia retocada da gravura publicada pela primeira vez na obra de Georg Braun e Frans Hogenberg, Civitates Orbis Terrarum, Vol. I, Colónia, 1572 (impressa também a preto e branco, aguarelada muito posteriormente).
As únicas diferenças encontram-se no número de embarcações existentes no Tejo, e no céu de Lisboa que, na da Cosmographey, tem as armas de Portugal sustentadas por dois anjos. Dedicado a HMJ.
Obrigado por mais esta correcção de rigor histórico.
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