Hoje, enquanto se jantava e se contavam pequenas histórias, surgiu o nome de Lita Scarlatti ... E, com olhares incriminatórios, alguém pensou que era mais uma brincadeira e que se estava a comparar, malevolamente, alguém com a famosa Guida Scarlatti, ícone do travestismo português.
Mas não, Lita Scarlatti foi uma "escritora" bi-galardoada pela Academia das Ciências de Lisboa. Ganhou o prémio Ricardo Malheiros, com a obra Cabo das Tormentas (1956) e o prémio Laranjo Coelho, com a obra Os Homens de Alfarrobeira (1980).
Este último livro é o que eu conheço um pouco melhor, dado servir de exemplo para a não publicação de documentos. A obra, para além de ter recebido o prémio Laranjo Coelho, foi impressa pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda [a impressora oficial do Estado], como se pode verificar pela capa ao lado, em 1980.
Na divulgação de um documento transcreveu, julgo que conscientemente, o "s" tipográfico longo por uma letra com forma semelhante... mas como semelhante só encontrou a letra "f"... o documento foi transcrito e publicado da seguinte maneira (pág. 313):
Pifa
Julgo que já perceberam o que estava no documento:
Pisa
A segunda feira seguinte partio o Conde pera Pisa, que som.....
Para obviar a semelhantes disparates, aconselha-se aos incautos que se inscrevam numa cadeira chamada "Paleografia". E façam bom proveito e menos trabalhos de anedotas.
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