J. M. W. Turner - Norham Castle, Sunrise, ca 1845
Londres, Tate
Claro mistério
Do azul etéreo!
Sonho sidéreo!
Luz!
Da terra dorida
Alento e guarida!
Fermento da vida,
Luz!
[...]
Fiat harmónico e jucundo,
Verbo diáfano e profundo,
Alma do Sol, corpo do mundo,
Luz!
Luz-esp'rança, luz rútila da aurora,
Vida vibrando na amplidão sonora,
Vida cantando pela vida fora,
Luz!
Luz que nos dás o pão, ó luz amada!
Luz que nos dás o sangue, ó luz doirada!
Luz que nos dás o olhar, luz encantada!
Bendita sejas, luz, bendita sejas!
Sejas bendita, em nós, ó fonte de harmonia!
Sejas bendita em nós, ó urna de alegria!
Bendito seja o filho teu, o alvor do dia!
Perpetuamente, ó luz, ó mãe, bendita sejas!
[...]
Guerra Junqueiro
gosto muito de luz e gosto muito do poema - e também de Junqueiro.
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