Janela, Fotografia do filme o Fantasma Escritor (retirada da net)
Tenho o nariz colado ao vidro da janela, Os automóveis estão parados na rua enquanto as luzes passam brancas e vermelhas. Não sei o que esperam assim parados na rua. Não sei o que espero com o nariz colado ao vidro da janela. Que de repente chova ou faça sol. Que qualquer coisa aconteça dentro de mim. Ou fora. Que tu caias do céu. Que eu morra. Que. Que. Que. Não sei o que espero com o nariz colado ao vidro da janela.
Yvette Centeno, Três Histórias de Amor (Quem se Eu Gritar). Lisboa. Asa, 1994, p. 67
A fotografia não revela o tráfego que se vê da janela do conto de Yvette Centeno, mas é a janela de onde gostava de ter o nariz colado, agora.
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