Nas minhas incursões sobre o tempo encontro as ideias em fragmentos como o do quadro. Começo, todavia, a construir uma história com sentido.
Salvador Dalí, "A Desintegração da Persistência da Memória", 1952-54;
reinterpretação da Persistência da Memória, trabalho realizado em 1931
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Óleo sobre tela 25x23cm, Museu Dalí, São Petersburgo.
Tempo
O tempo é um velho corvo
de olhos turvos, cinzentos.
Bebe a luz destes dias só dum sorvo
como as corujas o azeite
dos lampadários bentos.
E nós sorrimos,
pássaros mortos
no fundo dum paul
dormimos.
Só lá do alto do poleiro azul
o sol doirado e verde,
o fulvo papagaio
(estou bêbedo de luz,
caio ou não caio?)
nos lembra a dor do tempo que se perde.
Carlos de Oliveira, in 'Colheita Perdida' (retirado do citador)
Renovo o agradecimento ao comentador que me despertou o interesse. :)
ResponderEliminarÉ muito interessante.
ResponderEliminarMargarida,
ResponderEliminarObrigada. Ando a reunir os relógios de Dalí e a perceber a sua percepção do tempo.
Dalí era um dos meus surrealistas preferidos mas quando soube que ele atirava os gatos, no seu atelier, para apreciar o movimento e assim o pintar, deixei-o um pouco de lado. Estou agora a recuperá-lo.
Margarida,
ResponderEliminarObrigada. Ando a reunir os relógios de Dalí e a perceber a sua percepção do tempo.
Dalí era um dos meus surrealistas preferidos mas quando soube que ele atirava os gatos pelo ar, no seu atelier, para apreciar o movimento e assim o pintar, deixei-o um pouco de lado. Estou agora a recuperá-lo.