Cesariny - Linha de água
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Tudo quanto o mar trouxe
foi espuma
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Um corpo que sonhei
no areal
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Deixou-me sede um vento de loucura
Ficou nos olhos um sabor a sal
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António de Almeida Mattos (1944-)
In: Golpe de sol na lucidez amarga. Porto: Brasília, 1985
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Parabéns!
Vi no Arpose que faz hoje anos este poeta, amigo de dois poetas nossos amigos - um residente e outro que nos frequenta:
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Como as palavras se excedem
nas palavras
o silêncio recolhe-se nos lábios.
João Mattos e Silva
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Transfere a luz
do campo da ternura
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Para este soluçar
sem compromisso
Alberto Soares
Embora não conhecendo o aniversariante: Parabéns!
ResponderEliminarQuanto ao poema: às vezes acontece; e quanto ao quadro do Cesariny: sempre sonhei ter uma "Linha de água"...
Muito obrigado, MR,também pelo António que é uma espécie de Irmão que não tive.
ResponderEliminarFoi um gosto porque gosto da sua poesia (que li, depois do João Mattos e Silva ter colocado um aqui, no Prosimetron).
ResponderEliminarMiss Tolstoi, eu também gostava de ter uma Linha de água, mas como sou estúpida... não tenho.
ResponderEliminarÉ grato ser reconhecido, é grato ser lembrado.E é grato ficar grato pelos bons ofícios...
ResponderEliminarA.de A.M.