«E a luz? E o prodígio da luz?... A gente está tão afeita à luz que não repara nela e trata como coisa conhecida e velha este azul que nos envolve e penetra e que desaba em torrentes sobre as águas verdes desmaiadas e sobre as terras amarelas e vermelhas até ao Cabo Espichel... Mas fecho os olhos - abro os olhos... Imensa vida azul - jorros sobre jorros magnéticos. Todo o azul estremece e vem até mim em constante vibração.»
Raúl Brandão
In: Os pescadores. Lisboa: Ulisseia, 1988, p. 146
Reparei hoje que o trecho que coloquei ontem retirado do Guia de Portugal é da autoria de Raul Brandão e encontra-se em Os pescadores, datado de Janeiro 1923.
bonitas e refrescantes...
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