sexta-feira, 17 de setembro de 2010

De passarem aves


http://www.zaroio.com.br/i/o/2007121702481213.jpg

De como e de quando
as aves passaram
Tão leves aflando
as sombras pousando
no ar que cortaram,

falei, mas não sei
que melancolia
sentida no dia
por tarde eu lembrei
na tarde que havia.

As aves passaram
e delas falei.
Do ar que cortaram
as sombras ficaram
mas onde, não sei.

Jorge de Sena

1 comentário:

  1. Esta glosa mirandina, com a beleza da imagem, só me lembra Jimenez:"Não lhe toques mais/ que é assim a rosa"...

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