sábado, 4 de setembro de 2010

Segundo poema de solidão

Serei tão secreta
como o tecido da água

e tão leve

e tão através de mim deixando passar
toda a paisagem

e todo o alheio pecado
do gesto, da presença ou da palavra

que logo que a tua mão me prenda
me não acharás:

serei de água

Glória de Sant'Ana

Porque esta noite ouvi lindos poemas lusófonos, entre os quais um desta poetisa, de que gosto muito.

1 comentário:

  1. Conheço muito mal, mas estava a começar a ler o poema, sem ver o nome do poeta, e a pensar que devia ser de Cecília Meireles...

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