Não sei se tem algum significado político, mas a Visão de hoje ofereceu um livro de Manuel Alegre: de poesia, "Livro do Português errante" e de prosa, " A terceira rosa". Mas também não me interessa muito. Sou apreciador de Alegre desde sempre, como poeta e como prosador. Sobretudo como poeta (mesmo contra os que o acham um poeta menor). A política fica de fora dos meus gostos literários e das minhas eleições afectivas.
Poema do eterno retorno
Há o teu rosto dentro de teu rosto: único e múltiplo.
As tuas mãos de outrora nas tuas mãos de agora
há o primeiro amor que é sempre o último
antes do tempo ou só depois da hora.
E vinhas de tão longe. E era tão fundo.
Eu conheço-te. E era por mim. E era por ti. Era por dois.
E havia na tua voz o princípio do mundo.
E era antes da Terra. E era depois.
Agradeço a informação - não tenho este livro de Alegre. E gostei do poema que escolheu.
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ResponderEliminarReferia-me ao "Livro do Português errante".
ResponderEliminarEste poema é muito bonito.
ResponderEliminarGosto do Manuel Alegre, é o político que luta pelos seus ideais e a sua verdade, sem olhar às possíveis desvantagens na carreira política.