Embora republicano, Charles Napoléon assume-se como o chef de la maison Bonaparte e é inclusive presidente de algumas associações napoleónicas, não renegando, portanto, o seu parentesco "imperial" como descendente de Jerónimo Bonaparte, o irmão mais novo de Napoleão.
É ele o autor de mais uma biografia sobre o Genial Corso, focada esta sobre aspectos menos conhecidos da vida no exílio de Santa Helena mas não abstraindo da análise mais vasta do reinado de Napoleão- reconhecendo os progressos firmados pelo seu distante antepassado ( o Código Civil, a Concordata, os liceus, o Tribunal de Contas, o Banco de França, o Conselho de Estado etc ) mas também a megalomania militarista que pôs a Europa a ferro e fogo...
Napoléon, mon aieul, cet inconnu, Charles Napoléon, XO Éditions, 411p, €20, 2010.
Quer o primeiro, quer o terceiro Napoleão começaram por ser republicanos... A mesma estratégia? :)
ResponderEliminarCertamente casos de reserva mental :). Curiosamente, a primeira vez em que se ouve falar de Bonaparte é como tenente de Artilharia a defender as Tulherias das hordas que pretendiam afrontar Suas Majestades Cristianíssimas nos idos de 90-91.
ResponderEliminarEm relação ao biógrafo, a verdade é que é pessoa muito contestada no mundo napoleónico precisamente pelas suas convicções, havendo pelo menos um outro pretendente à chefatura da Maison Impériale de France- penso que até um próprio filho ou sobrinho.
Se republicano entre os Bonapartes, parece um lugar comum. O próprio conceito de Imperador, não andará muito distante do republicanismo, mas eivado de um princípio messiânico de pater patriae consagrado pela república. Nada de novo.
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