domingo, 19 de dezembro de 2010

Confissão

Confissão um dos livros que ando a ler e é de certo modo perturbador.
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Única foto colorida de Tolstoi, em Yasnaya Ployana (1908)
(wikipedia)

"A consciência do erro da ciência racional ajudou-me
a libertar-me de filosofias fúteis."


Lev Tolstoi, Confissão, Edições Alfabeto, 2010, p.111. (trad. e notas Nina Guerra e Filipe Guerra)

14 comentários:

  1. Respondendo à sua pergunta...
    1) Estou fascinada com algumas teorias que nem sempre defendi.

    2)"A incumbência de uma ciência especulativa é a consciência da essência da vida sem causalidade. Basta introduzir o estudo dos fenómenos causais, como os fenómenos sociais e históricos, para que resulte um absurdo". p.54.

    3)"(...) não podiamos responder à pergunta mais simples da vida: o que é o bem e o que é o mal"; p. 19

    4)"A fé é a força da vida. Se o homem vive, tem fé, inapelavelmente, nalguma coisa.(...)se compreender que o finito é ilusório, terá de acreditar no infinito. Sem fé é impossível viver."p. 92.

    5) A constante procura de um sentido para a vida é um tema que me interessa e sempre achei perturbador.

    6) O conhecimento da futilidade e da verdadeira essência das coisas também me toca.

    Para terminar porque corro o risco de ser cansativa acabo com o ponto 7, que é um número que me atrai.

    7)"De cada vez que tentava manifestar o mais profundo desejo da minha alma - ser moralmente bom -, só encontrava desprezo e troça; ora quando me entregava às paixões hediondas, era louvado e incentivado."

    Claro que este livro se cruza com as personagens dos romances que escreveu.
    Ficou satisfeito?
    Boa noite!

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  2. O tom com que "Ana" responde à pergunta demonstra alguma perturbação própria de "bipolarismo".

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  3. Ao Anónimo anterior: Tenha calma!

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  4. Fala o 1º anónimo (o 2º não sou eu): preferia que o título do post fosse "Confusão" e não "Confissão".

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  5. Acho que tenho umas semelhanças (só semelhanças?) com este senhor.

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  6. Nesse tempo, coloriam-se as fotos à mão.

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  7. Ao anónimo da 1:02,

    Felizmente não há bipolarismo!
    Apenas quis demonstrar a constante procura do sentido da vida, a constante pergunta que Tolstoi faz para quê viver se morremos?
    A dúvida que teve e a perturbação de um cristão ortodoxo que procurou o sentido noutras religiões, ex: o budismo... A descrença nas ciências que chamou de especulativas, para quê se não se encontra respostas para as seguintes perguntas: "para que existe o mundo e para que existo eu?", "apenas poderá responder «não sei».
    Bipolar, palavra contemporânea para um estado de alma que já Tolstoi revelou neste seu livro.

    Ao 1º anónimo,
    Se não entendeu os aspectos que retirei de algumas confissões de Tolstoi que para serem explicadas teria que escrever metros de espaço, tslvez para si seja Confusão em vez de Confissão.
    Quando não se quer entender não se faz um esforço para pensar...
    É sempre fácil escolher a conclusão a que chegou, um estilo que não partilho.

    MR,
    Obrigada pela sua intenção. O anónimo do "bipolarismo" levou-me a pensar que no século XXI é o que se chamaria a Tolstoi devido ao estado de alma reflectido neste seu livro. :)

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  8. Miss Tolstoi,
    Com o seu novo look afasta-se mais do personagem desta fotografia colorida.
    :)

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  9. Ao primeiro Anóninmo,
    Só uma breve explicação os excertos retirados ligam-se ao que me perturbou.

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  10. Hesitei se devia ou não dar algum contributo nesta discussão que, a meu ver, não leva a nada. Cada um está convencido da sua verdade. E se não houver verdade? E se só houver questões sem o sentido de obter respostas? A velha questão da dúvida metódica ou do método da dúvida ou ainda sobre a dúvida. Tolstoi foi, sem dúvida, um grande escritor! A sua vida contudo não me fascina. O pouco que sei, e sei muito, muito pouco, é um caso de grandes contradições.
    É o primeiro e último comentário que estou a escrever neste post.

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  11. Entrada do 1º anónimo, que não é muito dado a filosofias, para dizer umas últimas coisas:
    antes de mais a citação de Tolstoi (talvez por ter sido retirada do contexto) é duma vulgaridade e ambiguidade espantosas. Para não dizer reaccionária, pela recusa geral da Ciência.
    Finalmente, ou estamos aqui (na Terra), com um sentido, e procuramo-lo (mas cedo: 18/20 anos); ou estamos aqui, por acaso, e ficamos em paz.
    FIM

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  12. Jad,
    Aqui não há a preocupação da verdade ou melhor da verdade absoluta. A filosofia, a dúvida metódica são salutares. "Levar a nada" é muito forte para quem gosta de pensar... ou então não vale a pena questionarmo-nos! Será isso?

    Caro 1º Anónimo,
    Encontramos ambiguidade no texto. Se é vulgar? Normalmente não gosto de vulgaridades.
    Tolstoi não era uma pessoa vulgar!
    PAZ

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  13. Melhor dizendo: "Guerra e Paz".

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