domingo, 9 de janeiro de 2011

Descobrir um livro ou ser descoberto por um livro


Andam-se anos e anos em busca de livros. Fazem-se investigações e viagens às principais bibliotecas de todo o mundo. Julgamos que inventariamos tudo... Somos, ao fim de mais de uma dezena de anos de investigação, surpreendido por mais um ou outro livro que aparece sem se esperar.
Um livro que conseguiu estar esquecido cinco séculos! Um livro que nem sequer fantasma era. Porque para ser fantasma era preciso que tivesse sido indicado ou referenciado em uma bibliografia ou em uma catalogação.
Se não se conhece, se não triunfou, é porque não faz falta ou porque não é importante. Seria uma primeira premissa a vir ao nosso pensamento.
Mas o livro só se torna importante depois de conhecido, depois de estudado e divulgado o conhecimento que em si se encontra fechado.
Um livro cerrado não traz cultura!

E no último mês de Dezembro vieram ao meu encontro mais dois livros de portugueses, impressos fora de Portugal, durante o século XVI. Infelizmente, ainda não consegui encontrar o momento próprios para os estudar.

Recebi, como prenda de Reis, o livro de Jacques Bonnet, Bibliotecas cheias de fantasmas com um cartão:

Caro Jad,
Aqui fica uma biblioteca cheia de fantasmas, mas dos bons, daqueles de que gostamos, dos que não nos assombram. E quando o fazem, não tem a ver com a sombra, mas com a luz.

Votos de um Bom 2011,
Miss Tolstoi

Lisboa, 6 de Janeiro de 2011.

Por não ter passado pelo local onde o livro me aguardava, só agora chegou!
Obrigado. Votos de Bom Ano!

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