PRANTO DE ADRIANO IMPERADOR
Nunca o silêncio dirá
da dor que cinjo
como o império que sirvo
e a que resisto.
Nem de tão grande amor
dirão meus versos
toda a grandeza. E os rios
mares que chorei.
Serás sempre o meu deus
pátria e destino.
Roma é vertigem só;
a vida instante.
Teu sacerdote ó Antinoos
sou: eterno e amante.
- João Mattos e Silva, in Intemporal, Antologia, desenhos de Luís Silva Moreira, Universitária Editora, 1ªedição, 2003.
Gostei tanto da escultura como do poema.
ResponderEliminarQuando li a notícia da venda do famoso busto, pensei logo neste belo poema do nosso JMS para acompanhar o dito.
ResponderEliminarNão esquecendo na sua exemplar concisão:
ResponderEliminar"Animula vagula, blandula,
Hospes comesque corporis,
Quae nunc abibis in loca
Pallidula, rigida, nudula,
Nec, ut soles, dabis iocos..."
de Adriano.
E a tradução:
ResponderEliminarPobre almita tão meiguita
Do meu corpo sociazita
Que para uns duros lugarzitos,
Escuritos, desertitos,
Sozinha ao presente vás
Ai nunca mais brincarás...
Lindo!
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