Otto Dix, À Beleza, 1922, óleo sobre tela, 140x122cm, Von der Heydt Museum, Wuppertal.
Tal como outros prosimetronistas, o que explica a longevidade desta rubrica, gosto de auto-retratos. Mas ainda gosto mais dos que o não são formal ou explicitamente. É o caso desta tela de Dix, em que o pintor nos aparece em primeiro plano, com expressão ameaçadora, segurando um telefone embora o título da tela seja (ironicamente?) À Beleza.
E trata-se de uma tela muito "autobiográfica", já que estão presentes vários dos gostos de Dix como a dança e o jazz, sem esquecer a curiosidade pelos Estados Unidos como se retira do lenço na lapela do baterista negro (que é bandeira dos EUA dobrada ) ou a cabeça de índio na bateria.
E as toilettes das senhoras não enganam- é uma cena de bordel ou não estivessemos na Alemanha de Weimar...
Fantástico. Não é vulgar encontrar-se assim um auto-retrato.
ResponderEliminarTambém saiu da caixa dos postais?
Este do Dix não, mas a caixa está cada vez mais pesada...
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