Tua face taurina tua testa baixa Teus cabelos em anel que sacudias como crina Teu torso inchado de ar como uma vela Teu queixo redondo tua boca pesada Tua pesada beleza Teu meio-dia nocturno Tua herança, dos deuses que no Nilo afogaste Tua unidade inteira com teu corpo Num silêncio de sol obstinado Agora são de pedra no museu de Delphos Onde montanhas te rodeiam como incenso Entre o austero Auriga e a arquitrave quebrada
Delphos, Maio de 1970 Sophia de Mello Breyner Andresen
Será Orfeu, filho de Apolo?
ResponderEliminarBoa viagem!
Antinous.
ResponderEliminarbonito efebo!
ResponderEliminar:)
ANTINOOS DE DELPHOS
ResponderEliminarTua face taurina tua testa baixa
Teus cabelos em anel que sacudias como crina
Teu torso inchado de ar como uma vela
Teu queixo redondo tua boca pesada
Tua pesada beleza
Teu meio-dia nocturno
Tua herança, dos deuses que no Nilo afogaste
Tua unidade inteira com teu corpo
Num silêncio de sol obstinado
Agora são de pedra no museu de Delphos
Onde montanhas te rodeiam como incenso
Entre o austero Auriga e a arquitrave quebrada
Delphos, Maio de 1970
Sophia de Mello Breyner Andresen