(...) Mas o que agora ocupa a nossa imprensa é o drama insubstituível que o país vive de saber se Sócrates e Passos Coelho passam do clímax do "agarrem-me se não mato-o" para a solução e clarificação dos problemas do país: crise, eleições e os que nos terão de emprestar dinheiro para continuarmos a respirar satisfeitos e acalmados por anteciparem três meses garantidos de paralisia aqui, sem governo, mas com muita animação, bifanas e sardinhas, discursos empolgantes de feiras e multidões de deolindos jurando por sua honra exterminar de vez toda a classe política. Enfim, um Portugal sem governo, tal como desejado por tantos e tão necessário agora,Dentro de cinco anos, dez no máximo, o Japão estará reconstruído de toda esta devastação que o destino lhe reservou. Mas nós estaremos na mesma ou pior. Tudo o resto não interessa à história.- Miguel Sousa Tavares, no Expresso do passado sábado.
Sem comentários:
Enviar um comentário