Porto: Porto Ed., 2010
€15,00
A estreia de Maria João Martins no romance tem como mote um verso de Elizabeth Barrett Bowning (Durham, 6 de Março de 1806 - Florença, 29 de Junho de 1861): «como o ar que respiras»... Angie e Gabriel encontram-se (ela em Londres, ele em Lisboa) através do seu amor pela obra daquela poetisa inglesa, autora dos Sonetos portugueses.
Quando li a sinopse do livro, não pude deixar de me lembrar do filme Possessão, no qual Gwyneth Paltrow e Aaron Eckhart vestem a pele de dois académicos que investigam a relação entre dois poetas vitorianos imaginados: Randolph Henry Ash e Christabel LaMotte.
X
COMO GOSTO DE TIX
Como gosto de ti? Deixa contar
Os modos. Com a altura, a extensão,
E a largueza da alma, quando vão
Seus desejos o Bem a procurar.
Amo-te simplesmente, como o ar
Que respiras. Ao sol, na escuridão.
Com a audácia de um livre coração;
Co’o pudor que a lisonja faz calar.
Amo-te co’o desejo, com a ânsia
Que na dor tive; com a fé da infância;
Com esse amor que sempre cri perder,
Perdendo os meus. Amo-te sempre: andando,
Chorando, rindo, lendo, respirando…
E hei-de amar-te melhor, quando morrer.
Elizabeth Barrett Browning
In: Sonetos portugueses / pref. e trad. de Manuel Corrêa de Barros. Lisboa: Relógio d’Água, 1991, p. 97
Gostei muito do Possession, sendo que o meu exemplar está autografado pela autora que conheci na Gulbenkian.
ResponderEliminarNo tempo em que ainda procurava autógrafos e dedicatórias...
Eu também gostei muito do Possession. Aquele caminhar na pesquisa...
ResponderEliminarIdem.
ResponderEliminarE deste poema da E.B.B.