Montpellier: Indigène, 2010
Sartre defende o terrorismo, no seguimento do atentado nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, levado a cabo por um comando palestiano contra os atletas israelistas. «É uma arma terrível, mas os oprimidos não têm outras», escreveu Sartre num texto que se manteve inédito .
Nos últimos anos de vida, Sartre trabalhou com um jovem filósofo judeu, Benny Lévy (1945-2003), o que lhe permitiu ultrapassar essa posição, insustentável, em nome de uma «unidade das consciência», resolvendo então o dilema de toda vida: encontrar um fim moral para a História.
Tudo isto esteve cuidadosamente guardado, muitas vezes por razões ideológicas. Para além da oposição entre um Camus ideal e um Sartre diabolizado, pareceu a Yves K. mais fecundo o percurso de toda uma geração de homens e mulheres empenhados.
Ainda não li este livro, mas vai ser uma das minhas próximas aquisições.
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