Trama IV
A vida e a morte não podem repetir-se
Uma destas crianças que manifestavam uma grande dificuldade, e também um grande desejo, de aprender a ler e a esrever, exprimia-se, pouco tempo depois, num texto que intitulou O Deus do céu e o Deus do mar:
« O céu não é Deus, mas de todos que aí vão. Mas o céu fez-se limpo para nós, que o fazemos sujo. O mar é do deus (sic) que o agita. Pode-se nele tomar banho graças ao deus, mas fica-se sujo graças ao homem. Quando se vai ao mar não se pensa que há perigo porque deus protege-nos. Mas, quando se nada, arriscamo-nos a afogarmo-nos para encontrar o céu.»
Maria Gabriela Llansol, O Livro das Comunidades, Lisboa: Relógio de Água, 1999, p. 95-96
Não consigo ler esta Llansol.
ResponderEliminarQue tem uns devotos...
ResponderEliminarRealmente gosto. Há uns anos atrás não tinha a mesma ideia.
ResponderEliminarBoa noite!