( Foto de Francisco Fortunato )
A poesia é feita e desfeita da volúvel matéria das palavras, dos seus murmúrios, dos seus sentidos, dos seus tantas vezes misteriosos propósitos. E das raízes das palavras no mundo onde desgarradamente se prende a solidão no mundo, do formidável poder das palavras não apenas de nomear mas de fazer o mundo.
Hoje sou menos ambicioso, já não escrevo poesia para mudar o mundo mas tão-só para evitar que o mundo me mude a mim. No entanto, como pode alguém proteger-se do mundo ( nem de uma constipação, quanto mais do mundo! ) atrás de uns livros de versos?
- Manuel António Pina, Fevereiro de 2006 em entrevista à VISÃO.
Uma citação pertinente: a poesia como protecção de um mundo cada vez menos humanizado.
ResponderEliminarGostei. Bom dia, Luís!:)