segunda-feira, 20 de junho de 2011

Para o novo " Príncipe"

Passa amanhã o aniversário de Nicolau Maquiavel. "O Príncipe", de 1513, tratado político editado postumamente em 1532, que ensina o príncipe a conquistar o poder, a gerir o Estado e a conservar o principado, é a obra que o imortalizou. Muitos foram os príncipes que o leram e muitos os que puseram os seus cínicos ensinamentos em prática. Napoleão foi um deles. E que não se limitou a ler, mas fez anotações que vieram até nós.
Toma posse amanhã um novo "príncipe" em Portugal. Talvez seja pertinente deixar-lhe um trecho desta obra.

"Deve saber-se que há dois modos de vencer: um com as leis, outro com a força. O primeiro é próprio dos homens, o segundo dos animais; mas porque muitas vezes o primeiro não basta, convém recorrer ao segundo. Portanto é necessário a um príncipe que seja ao mesmo tempo homem e animal. Os antigos escritores ensinaram encobertamente isto mesmo aos príncipes, escrevendo que Aquiles e muitos outros príncipes antigos foram dados a educar a Quíron, centauro, para que os guardasse sob a sua disciplina. E ter por preceptor um ser, meio animal, meio homem, outra coisa não significa senão que um príncipe deve saber usar duma e doutra natureza e que uma sem a outra não é durável".

2 comentários:

  1. Por aqui se vê como os "príncipes" andam por baixo. :-)

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  2. Gostei deste post. Esta obra é um paradigma para todos os políticos.

    Alio sempre a política a cinismo, talvez seja um erro mas...
    Bom dia, João Mattos e Silva!:)

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