quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Da janela altíssima"

Janelas, Lisboa, Chiado



7

O mar pode parecer um ponto
para o teu poderoso olho distante,
mas se é apenas um ponto é um ponto imortal
e os teus olhos, grandes e essenciais,
são afinal apenas um pouco efémeros
que a sensação de satisfação do estômago, depois da
...........................................................................[refeição.
e só é só. No entanto, Bloom prossegue a olhar da janela
altíssima, percebendo então o que falta
aos mapas: o cheiro; o cheiro, isso mesmo.

Gonçalo M. Tavares, Viagem à Índia, Lisboa: Caminho, 2010, Canto V, p. 209

Sem comentários:

Enviar um comentário