Em 1992, em Barcarrota, na Estremadura espanhola, não longe de Olivença e da fronteira com Portugal, um operário que fazia obras numa casa da Plaza de la Virgen, descobriu um pequeno compartimento falso e dentro dele, cuidadosamente embrulhados, livros e um amuleto de papel. Depois de várias pesquisas, concluíu-se que os livros faziam parte do primeiro índex da Inquisição e que teriam pertencido ao médico, judeu-converso, Francisco Penharanda, que entre 1510 e 1557 viveu naquela vila, tendo fugido precipitadamente para Olivença, onde terá continuado a exercer a sua profissão.
Sobre este espólio e a vida de Penharanda, Sérgio Luís de Carvalho construiu um romance histórico muito interessante e, sobretudo, bem escrito.
Cultor da leitura do romance histórico, das obras sobre a vida dos judeus peninsulares, sobretudo dos portugueses, cristãos novos ou emigrados para fugir à intolerância religiosa do catolicismo dominante, este romance foi uma boa leitura estival. Aconselho-o.
E eu vou seguir o conselho. :)
ResponderEliminarEu também, deve ser muito interessante! :)
ResponderEliminarJá o folheei. Se o monte não fosse tão grande...
ResponderEliminar