Foi na Figueira que o mais donairoso
Rio, de quantos há, em Portugal,
Veio contar ao Oceano proceloso
O romance de um príncipe real.
Romance e drama. Pedro, o desditoso,
E Inês de Castro, formosura ideal,
Juntam-se em Coimbra, amplexo impetuoso,
Que em breve tem epílogo fatal.
Mas nesta narrativa verdadeira,
Cabe um quinhão à próxima Figueira,
E os que a visitam têm de escutar,
Na sua enorme praia majestosa,
Dentre tantas, da Ibéria a mais formosa,
A história de este amor, na voz do mar.
1942
Alice Moderno (1867-1946)
Obrigado, Manuela! Bonito e desconhecia totalmente este soneto, nem sabia que a Alice Moderno tinha escrito sobre Inês. E acabou por me recordar que, nos meus livros de mulheres escritoras dessa época, não tenho nenhum livro dela e vou procurar.
ResponderEliminarE que bonitas as imagens em pormenor das chitas!
Um beijo, Manuela, e obrigado!
Jorge Pereira de Sampaio