A peça é do dramaturgo inglês, nascido em Liverpool em 1929, Petter Shaffer. Foi o suporte da adptação cinematográfica - feita por Shaffer - para o filme homónimo de Milos Forman, de 1984.
Biografia ficcionada de Mozart e da sua relação com António Salieri, compositor da corte do imperador austríaco José II, Kapellmeister da corte, de 1788 a 1824, que nesta obra dramatúrgica é a personagem principal e foi acusado, após a morte do génio, de o ter envenenado por inveja, seguindo "Mozart e Salieri", de Pushkin, escrito em 1831.
Diogo Infante é Salieri, narrador e interveniente na acção. Permanece em palco durante toda a peça, ora como o velho quase muribundo, ora como o compositor no auge da sua juventude. E fá-lo admiravelmente, mudando de idade ao mesmo tempo que muda de traje e de voz. Uma interpretação fabulosa, digna da qualidade a que nos habituou em tantas peças e em tantas personagens tão diferentes.
Ivo Canelas é Wolgang Amadeus Mozart, num registo que nos recorda o actor Tom Hulce, do filme, e que o texto requer, mas que Shaffer teria gostado de alterar, por o achar demasiado histriónico e caricatural. Não é um papel fácil. Ivo Canelas tem uma excelente actuação.
A encenação de Tim Carroll é muito interessante e correcta do ponto de vista da acção e os cenários de F. Ribeiro, reproduzindo no palco a arquitectura interior do Teatro, um achado. Pela elegância, sobriedade, rigor cénico e adequação. Os figurinos de Storyrailers, são excelentes, do melhor que tenho visto em peças de época.
Fazem ainda parte do elenco, nomeadamente, Carla Chambel, como Constanze ( muito bem) e João Lagarto, como José II.
Um excelente momento de teatro, no nosso Teatro Nacional D. Maria II, que muito tem ficado dever ao seu director artístico, Diogo Infante.
Gostaria muito de ver.
ResponderEliminarObrigada por esta novidade. :)
Também recomendo vivamente.
ResponderEliminarTive um covite que, não pude aceitar, para ir na 5.ª feira. E fiquei à espera de recomendações, ou não.
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