segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os transportes públicos em Portugal

Da crónica de Catarina Carvalho, no Notícias Magazine (18 Set. 2011):

«Sempre tive uma dúvida metódica em Portugal os transportes públicos são tão maus porque a elite não anda neles ou a elite não anda neles porque eles são tão maus? É um problema de ovo e galinha, mas que se resolveria numa penada se, de um momento para o outro, mudassem as mentalidades.»
Não posso dizer que os transportes públicos em Lisboa sejam maus, mas estão longe de ser bons, principalmente devido aos horários que praticam e à falta de respeito que há em relação ao utente. Mas os portugueses falam muito, mas reclamam pouco por escrito.
Voltando ao Metro, e já não falando das escadas rolantes sempre avariadas, não se entende que ele termine à 1h00 e que a linha azul a partir da 21h30 passe a circular com três carruagens. E segundo me disseram a medida vai-se estender às outras linhas. Lindo! Lindo! Vê-se mesmo que não andam à noite no Metro e vêem como eles andam cheios, por exemplo aquelas estações junto a centros comerciais.

«Em Portugal, os transportes públicos são o reino dos reformados, dos trabalhadores pouco qualificados, dos que, claramente, ou não têm carro ou não têm orçamento para o encher de gasolina todas as semanas. Só anda de carro quem não pode mesmo fazer outra coisa.»
Não me parece que isto seja assim. Vê-se que a jornalista não anda de transportes públicos (ela própria o afirma). É que também há casos em que se as pessoas experimentassem veriam que é mais prático andar de transportes públicos do que meterem-se com o automóvel nos engarrafamentos de Lisboa e na praga que é estacionar o carro.

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