Os selos de um país servem, para além de recibo da franquia paga pela prestação do serviço, para divulgar cultura e homenagear Portugal nos seus homens e nos seus feitos. Porém as "temáticas e as diversidades" (seguidas pelos serviços de filatelia, na ganância de dinheiro) obrigaram a que nos últimos tempos se dedicassem mais selos a temas que muito chamariam fúteis. E como o número de edições de um país é limitada, e como os administradores do serviço público que são os Correios, não tem conselheiros cultos (será que ainda existem ...) as emissões dos correios deixaram nos últimos anos de prestar atenção à História de Portugal.
selo da série base, de 1953-1975 desenho de Martins Barata |
Passa este ano um chamado número redondo sobre o nascimento de um dos Reis de Portugal: D. Dinis, que nasceu, segundo as crónicas, a 9 de Outubro de 1261, possivelmente em Lisboa, onde o seu pai, o rei D. Afonso III, se encontrava desde Julho. Não existe nenhuma série, nem nenhum selo, evocativos.
Parece que a Câmara Municipal de Odivelas pagou um "Inteiro Postal" (vulgo Bilhete-postal) para comemorar o acontecimento, mas só chega a quem a Câmara escrever ou o oferecer... Não conheço o seu desenho.
Longe vão os tempos em que a série base, aproveitando a semelhança do desenho do selo de autoridade de D. Dinis (vulgo cavaleiro medieval) com o do postilhão dos correios, tinha como desenho a reprodução do selo grande, de cera, de D. Dinis.
Não resisto a geminar no Arpose, com o talhe doce sobre gravura de António Lino, de 1955, e a série de 1976 - tempos em que a memória histórica ainda funcionava...
ResponderEliminarGostei muito desta postagem.
ResponderEliminarLembro-me de recortar este sêlo dos envelopes para guardar na colecção de sêlos.
Deve ter havido poucos selos em circulação tantos anos como os desta série. Ou não?
ResponderEliminarLamentável que os Correios não tenham assinalado esta efeméride.
Gostei da geminação no Arpose, só que não consigo lá comentar. :(