LIVRO PRIMEIRO
Resposta
Algo mais elementar que o espaço e o tempo,
e a escuridão luminosa do Areopagita,
uma hipótese ilegível, antes do pensamento,
uma sílaba só de uma palavra não dita,
Algo mais elementar que o espaço e o tempo,
e a escuridão luminosa do Areopagita,
uma hipótese ilegível, antes do pensamento,
uma sílaba só de uma palavra não dita,
sem sentido e sem finalidade, apenas uma ocasião,
como um olho único e cego que vê
do fundo da sepultura da razão,
vaste comme la nuit et comme la clarté.
Um sonho
de uma sombra de quê?
como um olho único e cego que vê
do fundo da sepultura da razão,
vaste comme la nuit et comme la clarté.
Um sonho
de uma sombra de quê?
Manuel António Pina, Os Livros, Lisboa:Assírio & Alvim, 2003, p.13.
Poema bonito e interessante.
ResponderEliminarA imagem, a combinar, transporta-nos e deixa-nos a pensar. A noite, o luar...
Para a Ana, um dia cheio de estrelas...
Obrigada, Cláudia!
ResponderEliminarGosto muito de estrelas e de ver o luar. Ontem a lua estava muito bonita.
Bjs. :)