segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Boas-noites, árvore

Boas-noites, Árvore


(Um pequenino passeio antes de me deitar)

Boas-noites, árvore

E toquei-lhe com as mãos
- folhas de sol cansado
na Primavera arrefecida.

Boas-noites, árvore.

Mas a árore não respondeu
no seu atavio
do luar fosco.

Senti apenas o arrepio
do vento com mãos de carne no meu rosto.


Quinta das Lágrimas


José Gomes Ferreira, "Encruzilhada, 1949/50", Felizmente as Palavras, p. 43, poema declamado por Sofia Sá da Bandeira.


Obrigada MR!

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