Miguel Torga faleceu a 17 de Janeiro de 1995.
O rio
Gerês, 17 de Julho de 1975.
DISSONÂNCIA
É o mesmo rio a cantar contente,
E o mesmo ócio vegetal a ouvi-lo.
É o mesmo céu tranquilo
A reflectir-se na sua pureza.
E sou eu, na incerteza
Destes dias traídos,
A caminhar ao lado,
Desatento, alheado,
Sem ócio, sem pureza e sem ouvidos.
Miguel Torga, Diário XII, Coimbra, (2ª edição), p.121.
Tão lindo!
ResponderEliminarTorga tinha que ser lembrado. É humanamente impossível organizar exposições, palestras, homenagens em todas as datas e a todos os escritores. Mas quem está ligado à cultura, tem dupla responsabilidade e obrigação. Tento estar atenta...
Saudades (muitas)
Cláudia,
ResponderEliminarAlém de gostar da sua escrita ele teve a superioridade de ser um homem discreto!
Ctando S. Bento:
"A discrição é a mãe da virtude."
Beijinhos e saudades!:)
Digo: citando
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